Worldcoin (WLD) sobe 14% na semana em meio à turbulência na OpenAI

Enquanto o drama da saída de Sam Altman da OpenAI se desenrola, a Worldcoin permanece em “stand by”
Algoritimos formam rosto em tela de computador

Shutterstock

Enquanto a OpenAI e a Microsoft decidem quem ficará na folha de pagamento de quem, o projeto biométrico de escaneamento de íris Worldcoin, cofundado por Sam Altman, um dos criadores da OpenAI que tem o ChatGPT como principal produto, permanece em “stand by”.

WLD, o token nativo do projeto lançado há apenas seis meses, passa por dias de alta volatilidade desde que Altman deixou o comando da OpenAI abruptamente na sexta-feira.

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Atualmente, WLD é negociado a US$ 2,44 por token, mas no sábado (18) chegou a cair para US$ 1,84.

Se na segunda-feira (20) a criptomoeda desvalorizava 11%, nesta terça (21) já se recupera com uma alta de 6,3%, segundo dados do CoinMarketCap. No acumulado da semana, WLD sobe 14%.

Embora a Worldcoin ainda não tenha comentado diretamente sobre as mudanças de liderança na OpenAI, a empresa reiterou suas crenças no sábado em uma publicação no X, acompanhada de um vídeo de seus fundadores.

“Um brinde ao maior boom tecnológico, econômico e de produtividade desde a Internet”, a empresa tuitou. “De volta à construção de uma internet mais humana e de uma economia global mais acessível na era da IA.”

Here's to the greatest technological, economic & productivity boom since the internet 🫡 pic.twitter.com/NjrxMNkbH1

— Worldcoin (@worldcoin) November 19, 2023

Os planos da Worldcoin

O projeto de criptomoeda biométrica foi desenvolvido pela Tools for Humanity, sediada em São Francisco e Berlim. A Worldcoin foi fundada em 2019 por Altman, Max Novendstern e Alex Blania.

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O projeto causou um grande impacto quando foi lançado — não apenas por sua tecnologia de escaneamento de globos oculares no estilo Black Mirror, mas também pelo apoio que recebeu da empresa de capital de risco, Andreessen Horowitz. O projeto arrecadou incríveis US$ 115 milhões em maio.

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Em suas próprias palavras, a Worldcoin se propôs a criar um banco de dados biométrico que faria a distinção entre humanos e IA e possivelmente forneceria um caminho para a renda básica universal (UBI) financiada por IA.

A distribuição da WLD aloca 75% dos 10 bilhões de tokens para sua comunidade — pessoas que permitiram que o projeto escaneasse suas íris. A equipe de desenvolvimento inicial recebe 9,5%, os investidores da Tools for Humanity recebem 13,5% e 2% servem como reserva.

A Worldcoin foi lançada em 24 de julho de 2023, com uma base de usuários de 2 milhões em sua fase beta. O objetivo do projeto foi expandir suas operações de “orbitação” para 35 cidades em 20 países, o que envolve operadores qualificados da Worldcoin usando o Orb para registrar indivíduos, que, por sua vez, recebem tokens WLD como recompensa.

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Mas nem todo mundo está tão otimista com as ambições da Worldcoin.

O Quênia proibiu o escaneamento de olhos da Worldcoin citando preocupações de segurança, privacidade e financeiras. Embora o Quênia seja o único país que proibiu totalmente o funcionamento da Worldcoin, o projeto também enfrentou o escrutínio do Reino Unido, da Alemanha e da França.

O fornecimento de tokens deveria permanecer bloqueado em 10 bilhões nos primeiros 15 anos, após os quais o projeto planejava votar em uma taxa de inflação anual que sustentaria o protocolo. Mas ainda não está claro como a saída de Altman da OpenAI e seu novo trabalho na Microsoft afetarão seu projeto paralelo.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.