Vendedor de Bitcoin é condenado por lavar dinheiro do tráfico de drogas na Argentina

Polícia diz que o P2P movimentava cerca de US$ 1 milhão por mês
Closem em mãos de um homem que usa algemas

(Foto: Shutterstock)

O comerciante de bitcoin Emmanuel García, morador da cidade de Zárate, que fica na província de Buenos Aires, Argentina, e conhecido no mercado P2P de criptomoedas, foi condenado a 5 anos de prisão por ter lavado US$ 468.400 mil em bitcoin para traficantes de drogas argentinos e mexicanos. A sentença foi proferida na última quinta-feira (09) pelo Tribunal Federal de Bahía Blanca.

O caso em que García se envolveu e se incriminou ficou conhecido após a ‘Operação Bobinas Blancas’, deflagrada há cerca de quatro anos pela Polícia Federal da Argentina, segundo informações do Infobae. No mês passado, ao apreciar a defesa de García, o procurador da República Gabriel González da Silva ressaltou que o réu “reconheceu ser vendedor de criptomoedas, tendo contato com o dirigente da organização que operava no México, tendo se reunido com mexicanos em um bar e trocado bitcoins por dólares americanos”.

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Na ocasião da operação ‘Bobinas Brancas’, a polícia descobriu quase duas toneladas de cocaína em dois locais diferentes, sendo a maior parte das drogas escondidas em duas bobinas de ação no Parque Industrial Bahía Blanca. Após esta apreensão, as investigações chegaram até Garcia, que lavava o dinheiro do tráfico com bitcoin.

Lavagem dinheiro com bitcoin

A prisão e condenação de García por crime de lavagem de dinheiro é apenas uma parte do que ele deverá cumprir. Isso porque ele também foi condenado a pagar uma multa de 8 vezes o valor das operações. De acordo com o site, além de servir como intermediário na negociação de bitcoin, ele atuava como consultor em criptomoedas e participava de palestras sobre o mercado.

Segundo o Infobae, García não gostava de trabalhar com transações bancárias e preferia que a entrega do dinheiro que seria negociado por criptomoedas fosse feita pessoalmente. Conforme apurou a PFA, ele cobrava uma taxa de comissão de 2,5% e fazia a transferência na hora por meio de uma carteira física.

A polícia estima que Garcia movimentava cerca de US$ 1 milhão por mês. Outras seis pessoas que atuavam no esquema também foram presas e condenadas a penas que chegam até 15 anos de reclusão que deverão ser cumpridas a partir do dia 4 de novembro, após a leitura final.