Imagem da matéria: Vencedores de hackathon da Ethereum Brasil se queixam de atraso na entrega de prêmios: "Quando vão pagar?"
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*Matéria atualizada em 22/01/2025 para incluir posicionamento da FENASBAC.

Uma polêmica envolvendo o setor cripto brasileiro veio à tona nesta sexta-feira (6). Um grupo de programadores acusa a Ethereum Brasil e a Internet Computer, empresa por trás da blockchain de mesmo nome, de não pagarem os prêmios prometidos em um hackathon. 

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O evento em questão é o Digifi Buildathon, feito em parceria entre a Ethereum Brasil e o Blockchain Festival. O site do evento diz que o programa trabalha com a FENASBAC (Funcionários do Banco Central do Brasil) para “explorar como a web3 pode interagir com o novo sistema financeiro brasileiro atualmente em desenvolvimento”. A meta era fomentar casos de uso do Drex, o real digital. 

A página oficial do hackathon sugeria aos participantes que os prêmios poderiam superar R$ 150 mil. O site aponta que a Internet Computer iria conceder a maior parte desse valor: até US$ 25 mil (cerca de R$ 130 mil) para os projetos vencedores.

Outros projetos como Lido, LaChain e NEAR Protocol também se comprometeram em pagar até US$ 5,8 mil em prêmios aos participantes do hackathon.

Página do hackathon sugeria que prêmios poderiam chegar a R$ 150 mil.

Mas os problemas surgiram quando a organização do evento disse no meio do mês de setembro que levaria duas semanas para escolher a ordem dos vencedores, pois foi anunciado que os seis grupos que apresentaram projetos seriam contemplados. Depois, foi pedido mais uma semana, prazo que se encerrou hoje. 

O gatilho final para gerar a revolta nos participantes foi uma mensagem da Internet Computer compartilhada com eles por meio da organização da Ethereum Brasil e que revelava que o pagamento de todos não estava garantido como era esperado.

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Os grupos agora deveriam preencher uma planilha que a empresa tem para sua plataforma de aceleração de projetos e, apenas se considerar algum projeto válido, irá pensar em dar algum dinheiro. 

“De qualquer forma, peça a todos esses seis que se inscrevam imediatamente para bolsa de residência inovadora, nós os avaliaremos e quem for bom daremos o dinheiro”, disse a ICP, segundo mensagem compartilhada pela Ethereum Brasil.

Mensagem da ICP compartilhada pela Ethereum Brasil com vencedores do hackathon

Conor Brady, fundador e CEO da Ethereum Brasil, afirma que ocorreu apenas uma confusão com as datas e que os desenvolvedores terão uma resposta definitiva até segunda-feira (9). 

Procurado para comentar o caso, Brady reclamou da produção desta reportagem e disse que só comentaria quando o problema fosse resolvido depois de segunda.

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“Quando vai pagar?”

Um dos desenvolvedores, que pediu anonimato, foi um dos participantes do hackathon e afirma que seu projeto foi anunciado como vencedor no evento. A expectativa era receber uma bolsa de US$ 5 mil. 

“Só que ficamos no limbo. Quando vai pagar? E então entrou o silêncio da organização. O pessoal não está sabendo direito o que está acontecendo”, disse em entrevista ao Portal do Bitcoin

Foi nesse momento que surgiu a história da planilha: “Hoje eles mandaram mensagem no grupo dos desenvolvedores falando que o ICP não cumpriu com o acordo e mandou uma planilha para nos candidatarmos em uma aceleradora e então vão avaliar se vão pagar ou não”. 

Premiação alta gerou suspeitas  

Outro participante do programa, que também pediu para se manter no anonimato, afirma que o prazo para o pagamento não estava explicitado, “mas a expectativa de todos era ter um posicionamento sobre a análise dos projetos e um julgamento dentro de um prazo razoável”.

O desenvolvedor afirma acreditar que a direção da Ethereum Brasil não conseguiu o apoio que disse ter conseguido, “pelo menos não nos termos que divulgou”.

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Ele ainda acrescenta: “Nunca acreditei que a ICP fosse pagar seis prêmios entre US$ 3 mil e US$ 5 mil. Vejo premiações muito menores de organizações maiores em hackathons muito mais complexos.”

Posicionamento Fenasbac:

“Gostaríamos de esclarecer que, embora tenhamos sido procurados pelos organizadores do Buildathon para apoiar o evento, a Fenasbac recusou a proposta em diversas ocasiões. Apesar dessa negativa, nossa marca foi indevidamente adicionada ao site do evento, o que levou a uma solicitação imediata de retirada, prontamente atendida pelos organizadores. Nossa participação no Buildathon restringiu-se à realização de duas mentorias, conduzidas de forma pontual por uma colaboradora da Federação, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento dos projetos dos proponentes. Reforçamos que, em nenhum momento, a Fenasbac atuou como apoiadora do evento ou autorizou o uso de sua marca. Qualquer menção que sugira o contrário foi feita de maneira indevida pelos organizadores.”

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