Os hacks de DeFi foram responsáveis por US$ 156 milhões dos US$ 432 milhões em criptomoedas roubadas entre janeiro e abril deste ano, de acordo com um novo relatório da CipherTrace.
É mais do que foi roubado de protocolos DeFi em todo o ano de 2020. CipherTrace diz que os US$ 156 milhões roubados em hacks não incluem US$ 83,4 milhões adicionais furtados por meio de “fraude relacionada ao DeFi”. O esquema mais reconhecível sob este título é conhecido como “rug pull” (tapete puxado) e envolve os detentores de tokens subitamente sacando e roubando o dinheiro dos investidores.
O rótulo “DeFi,” ou finanças descentralizadas, pode se referir a qualquer tipo de protocolo não custodial usando a tecnologia blockchain. A ideia é que seu dinheiro só seja administrado pelo próprio código, e não por um banqueiro ou gestor de investimentos. Mas esse código precisa vir de algum lugar: os hackers são sempre um risco, mas os desenvolvedores podem projetar sistemas DeFi com mecanismos ocultos que lhes permitem drenar dinheiro à vontade. Desde o início, DeFi tem sido um dos investimentos mais arriscados em um ecossistema financeiro já arriscado.
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O fato de a quantidade de dinheiro roubado desses protocolos ter aumentado este ano não deveria ser uma surpresa, dado o quanto o universo DeFi se expandiu nos últimos meses. De acordo com o DeFi Pulse, o valor total “bloqueado” no DeFi (ou seja, confiado ao código) é agora de US$ 85 bilhões, ante US$ 16 bilhões em 1º de janeiro.
Yearn.Finance, uma espécie de projeto de empréstimo de cripto, foi hackeado por US$ 11 milhões em fevereiro e US$ 5,7 milhões foram roubados de uma plataforma chamada Roll em março.
Outros projetos DeFi hackeados incluem EasyFi, Furucombo e Dodo.