Imagem da matéria: Ucrânia testa sua moeda digital usando o blockchain da Stellar
Foto: Shutterstock

Nesta terça-feira (14), a Stellar Development Foundation (ou SDF, na sigla em inglês) anunciou que o blockchain Stellar será usado para testar uma versão eletrônica do hryvnia, a moeda nacional da Ucrânia.

O piloto, sendo realizado pela empresa fintech Bitt e TASCOMBANK, será supervisionado pelo banco central do país com o apoio do Ministério da Transformação Digital.

Publicidade

Em janeiro, o ministério anunciou que havia firmado uma parceria com a SDF, que promove o uso da criptomoeda XLM e o blockchain Stellar, para criar uma moeda digital de banco central (ou CBDC), algo que o Banco Nacional da Ucrânia está explorando desde 2017.

CBDCs alavancam registros digitais, como blockchains, para permitir pagamentos mais rápidos e eficientes com a moeda nacional.

“Esse projeto-piloto atuará como uma base tecnológica para a emissão de dinheiro digital e é o próximo passo fundamental para avançar a inovação de pagamentos e a infraestrutura financeira na Ucrânia”, afirmou o vice-ministro Oleksandr Bornyakov.

O caminho relativamente rápido da Ucrânia da parceria ao teste significa que está bem à frente de grande parte de outros países europeus e o Banco Central Europeu (ou BCE) no desenvolvimento de uma moeda digital. Grande parte dos bancos ainda está pesquisando possíveis casos de uso das CBDCs.

França é, sem dúvidas, a mais atrasada dentre as nações europeias. Recentemente, realizou um experimento de pagamento internacional junto com um banco suíço.

Publicidade

Fora da Europa, a China está em meio ao teste de uma moeda digital, assim como outros países, de acordo com o site de pesquisa CBDCTracker.

Até agora, as Bahamas são a única a ter apertado o botão de lançamento: seu banco central apresentou “sand dollars” aos quase 400 mil cidadãos da nação caribenha em 2020.

Criptomoedas são populares na Ucrânia, tanto entre pessoas como entre políticos. A Ucrânia tem a maior taxa de adesão cripto do mundo, de acordo com um ranking realizado pela empresa de análise em blockchain Chainalysis em setembro de 2020.

Em 2019, o governo havia criado o Ministério de Transformação Digital com o objetivo de ampliar a educação digital e aumentar a acessibilidade à internet.

Publicidade

O ministério ampliou seu mandato para incorporar criptomoedas, elaborando um projeto de lei para legalizar bitcoin (BTC) e outros criptoativos; a legislação forneceu proteções jurídicas a holders e deu o aval para que bancos fornecessem serviços a empresas cripto.

O ministério acredita que políticas favoráveis a criptomoedas irão atrair uma nova variedade de serviços financeiros ao país. Volodymyr Dubey, presidente do TASCOMBANK, concorda.

“Com o crescente impacto dos ativos virtuais em nosso cotidiano e ambiente econômico, é essencial utilizar as vantagens da tecnologia blockchain e novos produtos relacionados como parte da estratégia de mercado a longo prazo do banco”, explicou.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

VOCÊ PODE GOSTAR
Logo da tether no celular, ao fundo busto de Paolo Ardoino desfocado

Tether será a maior mineradora de Bitcoin do mundo até o fim do ano, diz CEO

Paolo Ardoino disse que a mineração é essencial para proteger os investimentos da empresa, que tem mais de 100 mil BTC
Modelo de casa com uma moeda de bitcoin

Chefe da agência federal de habitação dos EUA ordena que empresas se preparem para avaliar criptomoedas em hipotecas

Agência Federal de Financiamento Habitacional ordenou que a Fannie Mae e a Freddie Mac comecem a se preparar para aceitar criptomoedas
Imagem da matéria: Solana, XRP, Dogecoin e outros ETFs de cripto vão decolar?

Solana, XRP, Dogecoin e outros ETFs de cripto vão decolar?

Onda de ETFs que acompanham o desempenho de diferentes altcoins parece prestes a receber sinal verde dos reguladores
Barron Trump com os pais Donald e Malania

Família Trump reduz participação no projeto cripto World Liberty

Entidade comercial vinculada a Donald Trump recentemente reduziu sua participação acionária na empresa de 60% para cerca de 40%.