O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou sua pressão para que o Federal Reserve (Fed) baixe as taxas de juros da economia do país, atualmente na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. Nesta segunda-feira (7), o republicano publicou uma mensagem na rede social Truth elencado supostos dados positivos do setor financeiro que dariam suporte para um corte da taxa de juros.
Trump afirma que os preços do petróleo e da comida estão caindo, que seria um momento de zero inflação, e que dentro deste contexto, “o Fed, que se move lentamente, deveria cortar as taxas”. A informação do presidente está equivocada: em fevereiro, a inflação nos Estados Unidos subiu mais 0,2%, para 2,8%, conforme reportagem da NBC.
Na publicação na Truth Social, Trump também falou sobre o fato de a China, um dos países que recebeu a maior tarifa dos EUA, ter optado por retaliar a medida: “O maior abusador de todos, a China, cujos mercados estão desmoronando, acabou de aumentar suas tarifas em 34%, além de suas tarifas ridiculamente altas de longo prazo (e ainda mais!), ignorando meu aviso para que os países abusadores não retaliem. Eles já lucraram o suficiente, por décadas, às custas dos bons e velhos EUA!”
A pressão direta e pública de Trump contra o Fed começou há alguns dias. Na sexta-feira (4), o presidente dos EUA disse que o chefe do Banco Central deveria “parar de brincar com política” e o desafiou a baixar as taxas de juros do país.
Nesta segunda-feira (7), irá ocorrer às 12h30 (horário de Brasília) uma reunião fechada do Conselho de Governadores do Fed. Segundo o comunicado no site, o objetivo é debater a “revisão e determinação pelo Conselho de Governadores das taxas de antecipação e redesconto a serem cobradas pelos Bancos da Reserva Federal”.
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