Uma das vítimas da pirâmide financeira comandada por Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos obteve na justiça a nulidade de seu contrato firmado com a Braiscompany e será restituída pela quantia de R$ 50 mil, decidiu a 17ª Vara Cível de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Segundo informações do portal Metrópoles, a cliente havia contratado um serviço de cessão temporária de criptoativos com empresa, cujos aportes que deveriam render sobre o capital investido mensalmente chegaram a mais de R$ 80 mil. Contudo, como veio à tona em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes, ficando esta investidora também no prejuízo.
Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, o casal que fundou a Braiscompany, estão em prisão domiciliar na Argentina. A Justiça Federal do Brasil afirma já ter entregue todos os documentos para extradição.
Em julho do ano passado, o casal foi acusado pela Polícia Federal de crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; em fevereiro deste ano, o juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, condenou Antônio Ais a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia a 61 anos e 11 meses, além de condenar mais oito envolvidos no processo.
A pirâmide Braiscompany
A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.
Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro do ano passado, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Neto Ais e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que tentaram ser cumpridos na Operação Halving em fevereiro. O casal, no entanto, fugiu.
Em julho passado, um relatório de investigação emitido pela Polícia Federal apontou que Neto Ais e sua esposa fugiram para a Argentina usando passaporte de familiares.
Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas vinculadas aos sócios da Braiscompany.
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