O otimismo está de volta ao mercado de criptomoedas, e alguns traders acreditam que o Bitcoin (BTC) pode superar sua atual máxima histórica de US$ 74 mil já na próxima semana, puxado por um novo apetite por ativos de risco e retomada da demanda institucional.
“O Bitcoin estava recuando para US$ 65 mil na quinta-feira, mas já está tentando recuperar o equilíbrio acima dos US$ 66 mil na manhã de sexta-feira. Se as criptomoedas obtiverem apoio do apetite global pelo risco, o Bitcoin poderá ultrapassar US$ 70 mil no fim de semana”, disse Alex Kuptsikevich, analista de mercado sênior da FxPro, ao site CoinDesk.
“Um teste da área de máximos de US$ 71 mil a US$ 74 mil, em nossa opinião, pode acontecer já no início da próxima semana, desencadeando um novo episódio de FOMO”, continuou Kuptsikevich. FOMO é a sigla em inglês para “Fear of Missing Out”, que significa algo como “medo de ficar de fora”.
Ontem, a empresa de negociação de ativos digitais com sede em Singapura, QCP Capital, fez uma avaliação parecida, dizendo que o BTC deve superar em breve a marca dos US$ 74 mil, em um movimento iniciado pelo dado de inflação nos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado.
Um dos principais fatores para esse novo otimismo em relação aos preços é o fluxo de entrada no ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, que na quinta chegaram ao quarto dia seguido de dados positivos, registrando US$ 257 milhões em entradas líquidas apenas ontem.
O IBIT da BlackRock, o segundo maior ETF em termos de valor patrimonial líquido, viu ontem a maior entrada, de US$ 94 milhões, depois de apresentar fluxos muito baixos nas três últimas semanas. Já o fundo FBTC, da Fidelity, captou US$ 67 milhões, enquanto o ETF da Ark Invest relataram entradas líquidas de US$ 62 milhões.
Até mesmo o GBTC da Grayscale, que registrou grandes saídas líquidas na maioria dos dias desde sua conversão em janeiro, registrou uma entrada líquida diária de US$ 4,64 milhões na quinta-feira.
Além disso, tem chamado atenção esta semana os registros trimestrais de fundos e gestoras junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que revelaram que os investidores institucionais estão comprando ETFs de Bitcoin à vista.
Entre eles estão o fundo de hedge de US$ 64 bilhões Millennium Management, que possui participações de quase US$ 2 bilhões em ETFs de Bitcoin entre IBIT, FBTC, GBTC, ARKB da Ark Invest e BITB da Bitwise; o Elliot Capital, que possui US$ 12 milhões em IBIT; e o Apollo Management Holdings, que possui mais de US$ 53 milhões em ARKB.
Depois de uma forte queda no fim da semana passada, ameaçando perder os US$ 60 mil, o Bitcoin se manteve alguns dias estável, até iniciar um movimento de alta na quarta (15) depois que a inflação nos EUA medida pelo CPI subiu apenas 0,3%, abaixo do esperado. Nesta sexta, o BTC opera pouco acima de US$ 66 mil, o que não acontecia desde abril.
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