Token do Decentraland sobe após JP Morgan chamar metaverso de “oportunidade de US$ 1 trilhão”

O banco lançou um saguão virtual no Decentraland e disse em relatório que o metaverso se infiltrará em cada setor da economia nos próximos anos
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Foto: Shutterstock

A publicação de um relatório do JP Morgan no qual o banco chamou o metaverso de uma oportunidade de mercado de US$ 1 trilhão, ajudou a criptomoeda do Decentraland a valorizar 8% nesta quarta-feira (16). Segundo dados do CoinGecko, o token MANA alcançou um topo de US$ 3,39 na madrugada, mas agora é negociado por volta de US$ 3,20, em alta de 0,6%.

O relatório do JP Morgan coincidiu com o lançamento do Onyx Lounge virtual do banco no distrito de Metajuku do Decentraland. O espaço conta com com um tigre perambulante, bem como um retrato flutuante do CEO do banco, cético a cripto, Jamie Dimon.

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Outros tokens ligados ao metaverso, incluindo Axie Infinity e Enjin Coin, também registraram altas de 4,7% e 3,5%, respectivamente.

No relatório intitulado “Opportunities in the Metaverse”, o JP Morgan afirmou que o nicho “provavelmente se infiltrará em cada setor de certa forma nos próximos anos, com uma oportunidade de mercado estimada em mais de US$ 1 trilhão de receitas anuais”.

O relatório citou a entrada de marcas tradicionais, incluindo Walmart, Nike e Adidas, ao metaverso, fazendo líderes de negócios se perguntarem: “Qual é minha estratégia de metaverso?”.

O banco argumenta que suas próprias “competências em pagamentos internacionais, câmbio, criação de ativos financeiros, negociação e custódia” permitirão que tenha um papel no emergente ambiente digital.

O que é metaverso?

O metaverso é um mundo compartilhado, contínuo e virtual em que usuários são representados por avatares em 3D, usando tecnologias, como realidade virtual e realidade aumentada, para trabalhar e jogar nesses espaços compartilhados.

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Diferente de videogames tradicionais, o metaverso (teoricamente) permite que usuários movimentem suas posses virtuais entre diferentes plataformas de metaverso, conforme a propriedade desses itens é representada por tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês).

Apesar de o termo ter sido cunhado pelo autor Neal Stephenson no romance “Snow Crash” de 1992, se popularizou nos últimos meses conforme a tecnologia captura a visão do autor de ficção científica.

Grandes empresas de tecnologia realizaram iniciativas no metaverso, com destaque ao Facebook que, em 2021, foi renomeado para Meta em meio a um impulso de se redefinir como uma empresa com “foco no metaverso”.

Apenas na última semana, a investidora em terrenos digitais Everyrealm arrecadou US$ 60 milhões em uma rodada de financiamento “series A” (quantia concedida a uma empresa que já demonstra seu potencial de crescimento e geração de receita); a plataforma The Sandbox lançou um programa de aceleração de US$ 50 milhões; e a marca de moda Gucci comprou um terreno virtual no The Sandbox.

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Na terça-feira (15), a Disney revelou que escolheu um executivo para liderar suas iniciativas no setor, conforme o CEO Bob Chapek descreveu o mundo digital como “a próxima grande fronteira da contação de histórias”.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.