Token desaba 10% após corretora parar operações em resposta a hacker da FTX

A THORSwap entrou em modo “manutenção” após ser usada pelo hacker da FTX para ocultar fundos roubados
Hacker com capuz sorri no escuro

Shutterstock

A THORSwap, uma exchange descentralizada (DEX) que dá suporte a várias blockchains no topo da rede THORChain, anunciou que pausou suas atividades e entrou em “modo de manutenção” nesta sexta-feira (6).

A suspensão temporária das operações acontece após a corretora detectar que uma série de fundos de origem ilegal tinham sido canalizados através da plataforma.

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Desde então, a RUNE, token nativo que alimenta a rede THORChain, despencou 10% para ser negociada agora a US$ 1,78, segundo o CoinGecko.

Enquanto isso, a THORSwap permanecerá pausada até que seja capaz de implementar “uma solução mais duradoura e abrangente” para melhorar a segurança.

“Uma preocupação persistente veio recentemente à tona: o potencial movimento de fundos ilícitos através da THORChain e, especificamente, da THORSwap”, escreveu a exchange. “Tais atividades não têm lugar na plataforma THORSwap, e nos posicionamos firmemente contra toda e qualquer ação criminosa.”

Em uma atualização após a pausa, a THORSwap esclareceu que funções como “ações LP, Earn (para investidores que poupam), Borrow (empréstimos) e Função Staking” continuam totalmente acessíveis.

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No momento, não há um cronograma específico para quando a plataforma retornará às operações completas.

Operações ilícitas ligadas ao hack FTX

Acredita-se que as transações duvidosas estejam associadas ao hack da FTX que aconteceu em novembro de 2022, no qual uma entidade não identificada roubou até R$ 3 milhões em criptomoedas da corretora.

A agência de investigação cripto, Arkham Intelligence, revelou no último final de semana que o hacker anônimo transacionou mais de 15 mil Ethereum através de várias plataformas, sendo a THORSwap uma delas.

Depois que a plataforma interrompeu suas operações, membros da comunidade THOR criticaram a maneira como a equipe lidou com a situação.

Taylor Monahan, fundadora da carteira MyCrypto e gerente de produto da MetaMask, afirmou que ela vem falando desse problema há meses.

“Isso tudo está bagunçando minhas notificações e seu recente aumento de volume foi apenas porque criminosos lavaram o dinheiro do hack da atomic wallet via thorchain”, Tayvano escreveu em um post no dia 10 de julho.

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Apoiando a reivindicação de Tayvano, o cofundador da Bidali, Eric Kryski, disse que ele já havia rastreado uma parte significativa dos fundos roubados até a Thorchain em julho de 2023.

Muitos membros da comunidade também expressaram sua decepção com as ações da equipe THOR, comparando sua resposta à de exchanges centralizadas, pausando as operações sem consultar a comunidade.

Outros membros da comunidade recordaram o caso semelhante da Uniswap, pedindo que a equipe THOR se inspirasse na maneira como eles lidaram com o problema.

Em abril de 2022, a Uniswap começou a bloquear carteiras ligadas à ações ilícitas. Nos meses seguintes, eles bloquearam 253 endereços de carteiras cripto, sem interromper as atividades da exchange.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.