Imagem da matéria: Hacker da FTX desperta e movimenta R$ 52 milhões em ether
Foto: Shutterstock

Quando a FTX entrava em colapso no final de 2022, um hacker se aproveitou da crise instaurada para invadir o sistema da exchange e roubar até R$ 3 bilhões em criptomoedas. Quase um ano depois, ele decidiu movimentar parte dos fundos roubados pela primeira vez.

Dados da blockchain mostram que uma carteira associada ao invasor realizou três transferências de Ethereum (ETH) desde a madrugada deste sábado (30). Foram três retiradas da carteira, sendo duas transações de 2.500 ETH e uma de 1.250 ETH.

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No total, esses 6.250 ETH transferidos equivalem a cerca de R$ 52,8 milhões na atual cotação do ether. Ainda há 12.500 ETH nesta carteira original do hacker, mas a estimativa é que ele controle uma quantia ainda maior de fundos desviados da corretora de Sam Bankman-Fried.

De acordo com dados da plataform Spotonchain, existem 15 carteiras associadas ao hacker da FTX que atualmente controlam 180.735 ETH, equivalente a R$ 1,5 bilhão.

Os primeiros 2.500 ETH movimentados pelo hacker nesta madrugada foram divididos em múltiplas transações subsequentes, segundo o The Block. 700 ETH foram transferidos usando o Thorchain Router, uma ponte de cross-chain focada em privacidade. 1.200 Ether foram transferidos por meio da Railgun, uma carteira DeFi também com foco em privacidade, enquanto os 550 ETH restantes permaneceram parados em outra carteira de destino.

O hack da FTX

No dia 12 de novembro de 2022, um dia após a FTX entrar com pedido recuperação judicial nos EUA, cerca de R$ 3 bilhões em criptomoedas (nas cotações da época) foram misteriosamente retirados da plataforma.

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Quando essas movimentações anormais de fundos ganharam atenção da comunidade cripto, um executivo da FTX declarou em um canal oficial do Telegram que a corretora  havia sido hackeada e pediu aos usuários que deletassem todos os aplicativos ligados à empresa.

Segundo dados on-chain, diversos tipos de tokens deixaram as carteiras da FTX, incluindo ETH, SOL e BNB. Parte desses fundos foram convertidos em  exchanges descentralizadas, como a 1inch, logo após o roubo. 

Na época,  membros da comunidade cripto suspeitaram que o ataque partiu de algum funcionário da própria FTX. No entanto, a real identidade do hacker continua um mistério dez meses após a invasão.

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