Terra compra mais 2.943 bitcoins e reserva da moeda já supera US$ 1,4 bilhão

O plano da Terra de criar uma reserva de bitcoin para a sua stablecoin UST está dividindo a comunidade cripto
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Foto: Shutterstock

A promessa gananciosa da blockchain Terra de criar um fundo de US$ 10 bilhões em bitcoin para a reserva da stablecoin UST, parece estar avançando de forma gradativa.

Nesta quarta-feira (30), a Luna Foundation Guard (LFG) comprou 2.943 bitcoins com cerca de US$ 140 milhões em USDT, enviados pouco tempo antes para a Binance.  

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Conforme é possível visualizar no endereço de bitcoin que pertence à fundação (bc1q9…v4q), a compra aconteceu quando a criptomoeda era negociada a US$ 47.350.

A reserva de bitcoin da Terra subiu para 30.727,97 BTC com a nova aquisição desta manhã, uma quantia de moeda que equivale a  US$ 1,4 bilhão.

Só nesta semana, a fundação comprou 5.773 BTC, no valor de US$ 272 milhões, durante as compras de segunda e desta quarta. Na verdade, ontem (29) foi o único dia que a carteira não recebeu bitcoin desde que o plano da empresa foi anunciado.

 “Na semana passada, a LFG enviou US$ 125 milhões em USDT em todos os dias da semana e US$ 160 milhões no sábado para a Jump Trading, que executou as negociações de BTC rapidamente depois disso”, disse Vetle Lunde, especialista da Arcane Research, ao CoinDesk.

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As compras estão gerando um efeito positivo no preço da LUNA no mercado. Ontem (29) a criptomoeda foi capaz de valorizar 9% e atingir um novo topo histórico de US$ 109, segundo o CoinGecko.

Alguns especialistas acreditam que a demanda da LFG por BTC seria uma das razões por trás dos ganhos de preço não apenas da LUNA, como do próprio bitcoin.

Do Kwon, cofundador e CEO da Terra, confirmou que comprou mais de US$ 1 bilhão em bitcoin desde o começo do ano, sendo que a maior aquisição deste então (8.588 BTC), foi registrada no dia 26 de janeiro. 

A reserva de UST 

Na última terça (22), Kwon anunciou no Twitter que a fundação tinha US$ 3 bilhões prontos em caixa para comprar bitcoin para a reserva que, segundo o criador da Terra, um dia vai chegar a US$ 10 bilhões em bitcoin.

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“A razão pela qual estamos particularmente interessados ​​no bitcoin é porque acreditamos que é o ativo de reserva digital mais forte. UST será a primeira moeda nativa da Internet que implementa o padrão bitcoin como parte de sua política monetária.”, disse Kwon em entrevista à Bloomberg.

Na ocasião, o empresário disse que a reserva que está sendo construída ajudará a melhorar a capacidade da UST de manter sua indexação ao dólar, especialmente quando acontecer uma demanda de curto prazo no resgate de UST.

De acordo com o CoinDesk, o endereço de Ethereum da fundação ainda possui US$ 848 milhões em stablecoins que podem ser usadas ​​para financiar novas compras de BTC nas próximas semanas.  

Desde que foram anunciados na semana passada, os planos ambiciosos da Terra têm dividido a comunidade cripto. De um lado, há aqueles que enxergam uma reserva de BTC para a UST como algo revolucionário.

“Estamos vendo algumas das primeiras e mais ambiciosas ideias em criptomoedas começando a se desenrolar. Uma stablecoin descentralizada de crosschain apoiada inteiramente por ativos nativos digitais era o Santo Graal em 2016”, tuitou Su Zhu, cofundador da Three Arrows Capital.

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Por outro lado, Adam Back, CEO da Blockstream e um dos nomes mais importantes da comunidade do bitcoin, vê os planos da Terra com cinismo, dizendo que parece haver componentes de esquema ponzi nas operações da empresa.