O Softbank, gigante grupo japonês avaliado em US$ 84 bilhões, e seu fundo SoftBank Vision Fund, destinaram US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4 bilhões) para a startup colombiana Rappi, que também atua no Brasil. A empresa de entregas rápidas tem sede em Bogotá, na Colômbia.
Em um comunicado de imprensa na terça-feira (30), a Rappi anunciou o investimento como o maior financiamento tecnológico até hoje em uma empresa latino-americana. Ela se autodefine como uma startup de entrega sob demanda.
Simon Borrero, cofundador e CEO da Rappi, disse que o interesse do Softbank deu-se devido a grandes resultados alcançados por sua equipe que trabalhou duro no comprometimento em transformar a qualidade de vida dos latino-americanos.
“Vamos continuar a investir em inovações de criação de mercado para oferecer oportunidades para milhões na região. É hora de uma América Latina impulsionada pela tecnologia, e o apoio do SoftBank é essencial para liderar essa transformação”, comentou.
Marcelo Claure, diretor de operações do SoftBank Group e do Innovation Fund, disse que os fundadores da Rappi têm uma visão ousada para criar o ‘super aplicativo’ multisserviço para a América Latina.
“Em menos de quatro anos, a Rappi é uma das startups que mais crescem na América Latina. Estamos empolgados em investir nesta impressionante equipe de empreendedores”.
Em 2018, a Rappi ampliou em sete vezes o número de produtos entregues e registrou crescimento mensal de 20% nos sete países onde atua, diz a nota. Segundo a Exame, no Brasil, o app de delivery está em 13 cidades e registra taxa de crescimento mensal de 30%.
O presidente da Rappi, Sebastian Mejia, também deixou seu comentário.
“A visão do SoftBank de acelerar a revolução tecnológica ressoou profundamente com nossa missão de melhorar a forma como as pessoas vivem através de pagamentos digitais e um super aplicativo para tudo o que os consumidores precisam”, disse.
Mejia afirmou que a empresa vai continuar com seu foco na construção de inovações para correios, restaurantes, varejistas e startups que se traduzem em novas fontes de crescimento.
Softbank destina 50% de Fundo
O que mais chama a atenção, contudo, não é só o valor expressivo do investimento, mas por ele ser metade do que o Softbank tem atualmente para investir em toda a América Latina.
O grupo anunciou a criação SoftBank Innovation Fund, de US$ 5 bilhões, no início de março deste ano, mas o capital inicial foi de US$ 2 bilhões.
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O fundo tem como destino Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México, no setores de e-commerce, fintechs, saúde, mobilidade e seguros.
Além desses países, a Rappi também atua no Uruguai e no Peru, países ainda fora dos planos do Fundo.
Fundador do Softbank perdeu com bitcoin
O SoftBank Group, cujo CEO e fundador é o bilionário japonês Masayoshi Son, é um dos grupos empresariais que mais investem em projetos inovadores no mundo, como Uber, WeWork e Alibaba, por exemplo.
Quando Son adquiriu a empresa de Peter Lionel Briger, a Fortress Credit Corporation, o empresário herdou bitcoins junto com outros ativos tradicionais. Só de BTC vieram US$ 150 milhões.
Fora isso, Son investiu uma quantia significante de sua conta pessoal na criptomoeda — o empresário possui uma fortuna avaliada em mais de US$ 24 bilhões, quase R$ 100 bilhões, segundo a Forbes.
Só que o dono do SoftBank Group começou a presenciar o início do ‘inverno das criptomoedas’ (‘crypto-winter’ em inglês), uma frase que foi popularizada em 2018 para se referir ao longo período de baixas no mercado.
Son, então, acabou vendendo seus bitcoins na baixa, o que lhe causou um um prejuízo de US$ 130 milhões.
No entanto, o empresário é muito conhecido por ser um exímio investidor, tanto que em quase tudo que ele investiu obteve sucesso.
Considerando sua história, talvez essa experiência no mercado de criptomoedas tenha sido uma das poucas vezes em que ele perdeu em um investimento.
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