“Sheik das Criptomoedas” volta a ser preso por retomar operações fraudulentas

A violação de medidas cautelares levou à nova prisão de Francisley na manhã de hoje
Sheik das criptomoedas Francisley Valdevino

Sheik das criptomoedas em festa à fantasia (Foto: Reprodução)

Francisley Valdevino da Silva, apelidado de “Sheik das Criptomoedas“ por liderar a pirâmide financeira Rental Coins, voltou a ser preso na manhã desta sexta-feira (9) durante a Operação Maracutaia, comandada pela Polícia Federal de Curitiba.

Francisley foi preso pela primeira vez em novembro de 2022, mas ganhou liberdade provisória em julho de 2023, sob a condição de cumprir uma série de medidas cautelares.

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Foi a infração dessas medidas cautelares que fez Francisley voltar a ser preso nesta manhã.

Vítimas do esquema da Rental Coins denunciaram à Polícia Federal que o investigado continuava suas atividades fraudulentas. A investigação das autoridades revelou que Francisley utilizava a conta bancária de um ex-funcionário para ocultar gastos em Curitiba.

“O investigado, réu na Operação Poyais, violou medidas cautelares, retomando operações ilegais e envolvendo ex-colaboradores. A operação Maracutaia visa cessar essas atividades e aprofundar a apuração da responsabilidade criminal de outros envolvidos”, disse a PF em nota.

Cerca de 30 policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão em Curitiba e São José dos Pinhais, além de bloquear valores dos investigados.

Relembre o caso

Francisley Valdevino da Silva ficou conhecido por ter entre suas vítimas o cantor Wesley Safadão e a filha da Xuxa, Sasha Meneghel, que perdeu R$ 1,2 milhão ao cair no esquema da Rental Coins.

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Quando os pagamentos da pirâmide cessaram, o Ministério Público do Paraná começou a investigar a Rental Coins em março de 2022 por conta das reiteradas queixas de clientes por saques travados.

A pirâmide desmoronou em outubro de 2022, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Poyais, acusando o grupo na época de organizar um esquema internacional de lavagem de dinheiro a partir de uma pirâmide financeira que usava criptomoedas como chamariz.

Na realidade, as investigações pela PF haviam começado em janeiro daquele ano, quando autoridades dos Estados Unidos informaram que uma empresa internacional com atuação nos EUA, bem como seu principal gerenciador, um brasileiro residente em Curitiba, estavam sendo investigados em Nova York, por envolvimento em conspiração multimilionária de lavagem de capitais.

Diante do pedido de cooperação policial internacional, iniciou-se investigação em Curitiba por conta das suspeitas da ocorrência de crimes conexos às fraudes praticados nos EUA pelo brasileiro.

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Em dezembro de 2022, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) formalizou acusações contra Francisley Valdevino da Silva, por participar nos esquemas de pirâmide com criptomoedas IcomTech e Forcount, também conhecidos como ‘Weltsys’, além da Rental Coins.