Braços de executivo algemado
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O ponto final na agonia do protocolo Multichain (MULTI) foi escrito nesta sexta-feira (14). Um post da página oficial do projeto baseado em Singapura anunciou o encerramento das atividades do projeto que interconectava diversas blockchains, além de confirmar que o CEO Zhaojun havia sido preso em maio e a recente detenção de sua irmã pela polícia chinesa, após ela transferir US$ 220 milhões em criptomoedas das carteiras da empresa.

Especialistas recomendam que investidores parem de utilizar o serviço e revoguem as permissões para os contratos inteligentes da plataforma.

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Os problemas com a Multichain começaram no dia 21 de maio com a prisão de seu CEO Zhaojun e a apreensão de todos os seus dispositivos eletrônicos. A prisão, até esta sexta-feira, ainda não havia sido confirmada oficialmente, mas os rumores dominaram o mercado nos últimos dois meses.

Zhaojun controlava o acesso dos operadores de nós do projeto para as carteiras mediante um serviço de nuvem ao qual ele tinha total autoridade – por ser o único em posse das senhas. Com o CEO e as senhas desaparecidas – ainda não se tinha a confirmação da prisão – o resto da equipe perdeu acesso ao sistema.

Senhas em falta, problemas de sobra

Já no dia 24 de maio, a rede Multichain começou a apresentar mau funcionamento e anomalias que prejudicaram a confiança de seus investidores e levantaram os rumores, com a equipe incapaz de corrigir os problemas técnicos devido à falta de senhas.

Em meio às incertezas, a Binance interrompeu o depósito de diversos tokens usados na plataforma cross-chain. Por sua vez, a Fantom Foundation retirou 450.000 tokens MULTI (US$ 2,4 milhões) de sua liquidez na exchange descentralizada SushiSwap. E a empresa de investimentos cripto, HashKey Group, vendeu US$ 250.000 em MULTI. O fundador da Tron, Justin Sun, também retirou 470.000 USDD do protocolo Multichain.

No início de junho, veio uma pitada de esperança: transações da Multichain nas redes Polygon, Zksync Era, Kava e Avalanche voltaram a funcionar normalmente, trazendo a expectativa de um final feliz, conforme reportado pela página Lookonchain.

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Posteriormente se verificou que, na época, a família de Zhaojun conseguiu acessar o serviço em nuvens, controlador dos acessos do CEO, através de informações encontradas no computador doméstico, conectado ao mesmo roteador utilizado por ele.

Hack ou rug pull?

O cenário logo mudou quando, em uma reviravolta, US$ 126 milhões foram drenados do protocolo Multichain, dia 7 de julho. Não se sabe quem, nem como estes criptoativos foram drenados, com suspeitas que vão da ação de hackers a um rug pull.

Na terça-feira (11), novos US$ 100 milhões foram movidos da Multichain e o mercado acreditou se tratar de um novo hack, em sequência do primeiro, no dia 7.

No entanto, para o segundo caso, a irmã de Zhaojun conseguiu acesso às carteiras da empresa e decidiu mover os fundos em criptomoedas para um novo endereço.

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Nesta quinta-feira (13), a irmã também foi presa pela polícia chinesa. Ainda não se sabem os motivos que levaram à prisão – se ela pode ter sido a responsável pelo suposto hack – e o que acontecerá com os US$ 220 milhões ativos que ela movimentou alguns dias antes.

Ponto final na Multichain

O que se sabe é que os últimos acontecimentos levaram à equipe a encerrar completamente as operações, botando fim – pelo menos por enquanto – a uma das sagas mais estranhas vistas no mercado das criptomoedas.

“Devido à falta de fontes alternativas de informação e correspondentes fundos operacionais, a equipe Multichain se vê obrigada a cessar todas as operações.”

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