As sardinhas, pequenos investidores de criptomoedas, estão acumulando mais BTC em suas carteiras, segundo o informativo The Week On-Chain, publicado pela Glassnode na segunda-feira (22).
Em 2018, elas detinham apenas 3,97% da oferta de BTC disponível no mercado. Neste ano, no entanto, elas já têm 5,20% dos 18,6 milhões de bitcoins minerados – um acréscimo de 1,23% no período.
De acordo com a Glassnode, a acumulação por parte dos pequenos detentores demonstra uma disposição maior para hold. Em outras palavras, mostra que estão acreditando mais no BTC como uma reserva de valor.
Ainda de acordo com o informativo, houve um “inchaço” de investidores com 0,1 a 1 BTC logo após março de 2020. Naquele mês – quando governos começam a implantar medidas para combater o novo coronavírus – o bitcoin viveu um de seus momentos mais instáveis e registrou a maior queda diária percentual de toda a sua história.
“Apesar de um pequeno nível de gastos na alta de US$ 42 mil, os ‘sat stackers’ estão de volta a um recorde histórico”, escreveu a Glassnode no relatório. Sat sacker é um termo do mercado de criptomoedas que significa ‘acumular bitcoin durante um período de tempo’.
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Baleias mais calmas
Enquanto as sardinhas estão acumulando, o relatório mostra que as baleias – nome dado a investidores com grande quantidade de criptomoedas – estão mais calmas no último ano.
O suprimento de bitcoins mantidos em carteiras com 100 BTC ou mais – grupo que tem 62,62% de todos os bitcoins minerados – aumentou somente 0,87% nos últimos 12 meses.
Alguns participantes desse recorte, ainda segundo segundo a Glassnode, diminuíram a quantidade de bitcoins de suas wallets. Carteiras com 1.000 a 10 mil BTC, por exemplo, reduziram suas posses em 307 mil bitcoins no período analisado.
Esse cenário, de acordo com a Glassnode, mostra que o mercado está vivendo uma “transferência gradual de riqueza de BTC”.