Saiba o que o novo CEO do Twitter pensa sobre bitcoin, DeFi e maximalismo

Parag Agrawal, substituto de Jack Dorsey, falou pouco diretamente sobre bitcoin, mas deixou diversas pistas
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Foto: Divulgação/Twitter

Em uma decisão surpreendente, Jack Dorsey renunciou ao cargo de CEO do Twitter, dando lugar ao diretor de tecnologia Parag Agrawal.

De acordo com um comunicado de imprensa, Agrawal, que está na empresa desde 2011, possui um doutorado em Ciência da Computação e foi o “primeiro Engenheiro Ilustre por conta de seu trabalho em engenharia de receita e de clientes”.

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Mas o que realmente queremos saber é: o que sua nomeação significa para o envolvimento do Twitter no bitcoin (BTC) e nas criptomoedas como um todo?

Dorsey é um defensor bem conhecido do bitcoin que, publicamente, rejeita altcoins. Além disso, o outro empreendimento de Dorsey, a empresa de pagamentos Square, só permite a compra de uma criptomoeda em seu Cash App: bitcoin.

No início de novembro, seu departamento ultrassecreto TBD publicou um whitepaper com detalhes de uma corretora descentralizada (ou DEX) para o bitcoin sem mencionar a Ethereum, onde grande parte das DEXs é desenvolvida.

“Todas as outras moedas, para mim, não são levadas em consideração”, afirmou ele sobre os planos cripto da Square.

Agora, Agrawal está seguindo os passos de Dorsey para liderar uma empresa de rede social que mergulhou nas águas das criptos – em que Agrawal está bem envolvido no projeto de protocolo descentralizado da rede social, bluesky, e a recém-anunciada equipe Twitter Crypto.

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Uma fonte próxima do executivo (que não quis se identificar porque não tinha autorização para falar sobre isso de forma pública) contou ao Decrypt: “Parag é fundamental à Bluesky (o projeto de protocolo descentralizado), então é seguro dizer que ele acredita em cripto. Mesmo se não acreditasse, o Twitter precisa de crescimento de público e interação e cripto é uma comunidade supervital para isso”.

Enquanto Dorsey foi uma figura pública durante grande parte da década, Agrawal fez poucos comentários públicos sobre qualquer coisa, quem dirá criptomoedas.

O executivo só possui um único tuíte mencionando o BTC: uma publicação em novembro de 2019 sobre uma reunião sobre bitcoin na Nigéria usando um emoji de fogo para expressar a importância da criptomoeda ao país africano.

Na verdade, o diretor de tecnologia da rede social só possui 10 tuítes e 13 retuítes em 2021, uma média de uma publicação a cada duas semanas – e grande parte deles não menciona cripto.

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No entanto, vários desses tuítes fornecem pistas sobre sua opinião ou, pelo menos, certezas de que ele pode lidar com a empresa. Em agosto, ele anunciou via Twitter que Jay Graber, ex-desenvolvedor do Zcash, iria liderar a Bluesky.

Em 10 de novembro, ele parabenizou Tess Rinearson, ex-vice-presidente de engenharia da Tendermint Core, como a líder da equipe de engenharia do Twitter Crypto.

Em seguida, ele retuitou as menções entusiásticas de outras pessoas sobre o que a nova equipe significará para protocolos descentralizados.

Rinearson e a equipe do Twitter Crypto estão respondendo diretamente a Agrawal desde então, ajudando a empresa a cumprir com um anúncio em setembro de que o Twitter começaria a dar gorjetas em bitcoin e “explorar NFTs para autenticação”.

Tokens não fungíveis (ou NFTs) são contratos desenvolvidos em blockchain para ativos digitais ou da vida real; são criados na Ethereum e estão abrindo caminho em outras redes de contratos autônomos, como Tezos, Avalanche e Solana.

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No entanto, a conversa está focada na possibilidade de Agrawal ser um maximalista de bitcoin, como Dorsey, ou mais agnóstico à moeda. Isso pode ser melhor respondido pelas pessoas que estão à volta dele.

Além de trabalhar no mecanismo de consenso da Tendermint, Rinearson é membro do conselho da Mina Foundation, que fornece suporte ao leve blockchain, e membro do conselho da técnico-ecumênica Interchain Foundation.

Os primeiros membros do grupo de trabalho Bluesky, convidados por Agrawal em 2020 de acordo com um artigo do TechCrunch, também não têm uma inclinação para o bitcoin.

Antigos contribuidores incluíam não apenas Graber do Zcash, o principal autor de uma revisão sobre o ecossistema, publicada em janeiro de 2021, mas também Molly Mackinlay, líder da Filecoin do Protocol Labs, Matthre Hodgson do protocolo de código aberto de mensagens criptografadas Matrix e o pesquisador de cibersegurança Ian Preston.

Web 3? Confere. Foco em privacidade? Confere (com um selinho azul, característico do Twitter). Apenas bitcoin? Não confere.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização de Decrypt.co.