Rocelo Lopes, o CEO da Stratum e da CoinBr, deixou na terça-feira (19) o quadro diretivo da exchange de criptomoedas Cointrade, criada com o especialista em investimentos Marcos Lima e com a advogada Eliane Medeiros.
Lançada em agosto de 2018, a parceria na plataforma de trade durou menos de um ano. A estreia no mercado foi marcada com um evento de luxo no Hotel Unique, um dos mais famosos de São Paulo.
Questionado pelo Portal do Bitcoin sobre os motivos do rompimento, a assessoria do empresário disse que a razão foram “visões diferentes de como a empresa deveria seguir e como era administrada”.
No momento, a Stratum detém 16% da Cointrade, o que está sendo negociado. “Não houve investimento de dinheiro, porém teve muito em conhecimento, equipe técnica e principalmente imagem”, afirmou a assessoria de imprensa.
Já a diretoria da Cointrade não quis comentar o assunto. Disse apenas que houve uma votação entre acionistas da empresa no qual foi decidido que a gestão passaria a ser de Eliane Medeiros, antes COO. Marcos Lima, o então CEO, deixou o cargo, mas permanece como sócio.
Papel de Rocelo Lopes
Conforme a nota enviada à imprensa, Rocelo afirmou que pretende focar mais nos projetos da Stratum e na série de lançamentos previstos para os próximos anos.
Com o rompimento, a Stratum também deixa a equipe técnica da plataforma, onde prestava consultoria e dava suporte com seu capital tecnológico. O papel de Rocelo na empresa, que também é conhecido por sua atuação no ramo de mineração no Paraguai, era o de chief blockchain officer.
Ao contrário da maior parte das corretoras brasileiras, para se cadastrar na Cointrade não era preciso fazer nenhum tipo de KYC, sigla em inglês para conheça o seu cliente. Uma prática rara no mercado, mas que o empresário afirma estar de acordo com a visão de Satoshi Nakamoto.
Talvez por ser muito recente, o logo da Stratum permanece no site da corretora.