Ripple divulga planos para neutralizar pegada de carbono de XRP até 2030

Parceria tem fundação criada por Bill Gates
Imagem da matéria: Ripple divulga planos para neutralizar pegada de carbono de XRP até 2030

Foto: Shutterstock

A Ripple, empresa responsável pela criptomoeda XRP, anunciou uma parceria com várias empresas focadas na sustentabilidade global cujo compromisso é zerar as emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030. Dentre os parceiros está a Bill & Melinda Gates Foundation, instituição filantrópica criada pelo fundador da Microsoft, Bill Gates.

Intitulada Ripple Impact, a ação também promove outras iniciativas, como a inclusão financeira e diversidade. No sábado (15), antes de compartilhar a página da ação no Twitter, a empresa escreveu: “Estamos orgulhosos de fazer parceria com líderes em sustentabilidade em todos os setores para nos ajudar a alcançar nossa meta de alcançar o carbono líquido zero até 2030”.

Publicidade

Emissão de cabono Ripple, Bitcoin e Ethereum

A Ripple afirma que sua rede XRP Ledger é um dos primeiros blockchains verdadeiramente neutros em carbono” e que está comprometida com um futuro limpo, próspero e seguro com baixo teor de carbono, alcançável por meio de inovação, novas tecnologias e soluções baseadas no mercado.

Para Jules Kortenhorst, CEO do Rocky Mountain Institute, instituição que abraçou a ideia, os esforços estão concentrados em ajudar na construção de um mundo sustentável que não seja apenas transformador para bancos e consumidores, mas também benéfico para o planeta.

Na página também há uma comparação com as principais criptomoedas — bitcoin (BTC) e ethereum (ETH). Segundo as informações, o XRP usa apenas 63.000 galões por 100 milhões de transações; o BTC cerca de 4 bilhões e o ETH 239 milhões de galões, que é a unidade de medida para o CO2 gasoso.

Bill Gates e Elon Musk

O tema energia sustentável é assunto globalmente discutido há vários anos e o vilão da história é o gás carbônico que causa o efeito estufa (aquecimento do planeta). De uns anos para cá, a mineração de bitcoin, que carece de bastante eletricidade, tem feito parte do discurso de governos, ambientalistas e empresas que lutam pela baixa emissão de CO2.

Publicidade

A fundação de Bill Gates já participa de projetos, em conjunto com o governo dos Estados Unidos, para ajudar a desenvolver fontes de energia renovável. Anualmente, o empresário gasta em torno de US$ 7 milhões (R$ 38 milhões) em créditos de carbono, de formar a compensar o CO2 emitido pelos seus negócios.

Ao comentar sobre o tema na semana passada, Elon Musk, causou um pânico no mercado de criptomoedas ao declarar que a Tesla não aceitará mais Bitcoin como pagamento e que passaria a negociar os ativos quando o setor de mineração fosse mais sustentável em relação a eletricidade.

Também na semana passada, o economista italiano Fabio Panetta, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), disse em um artigo que as emissões de carbono associadas à mineração de bitcoin podem minar os esforços de sustentabilidade global e isso deve fazer parte de uma discussão universal.

Para ele, a atividade causa danos potenciais ao ecossistema e deve ser controlada e limitada devido ao seu impacto ambiental. Tal controle, disse, poderia ser por meio da regulamentação e tributação de empresas do setor.