Imagem da matéria: Reuniões entre SBF e governo Biden na Casa Branca eram sobre pandemia
Criador da FTX, Sam Bankman-Fried no Congresso dos EUA (Foto: Reprodução)

Registros da Casa Branca recentemente divulgados revelaram que o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, se reuniu com o alto escalão de funcionários do Governo Biden na Casa Branca em quatro ocasiões ao longo de 2022, incluindo uma visita recém-divulgada em 9 de setembro. 

Quando pressionada sobre o assunto durante uma conferência de imprensa na terça-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, insistiu que todas as reuniões entre funcionários da Casa Branca e o magnata dos criptoativos se concentraram principalmente nas iniciativas sem fins lucrativos de Bankman-Fried preparadas para a pandemia. No entanto, ela afirmou que as conversas também podem ter tratado de “informações gerais” sobre a indústria de criptomoedas e as exchanges cripto. 

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“A Casa Branca se envolve regularmente com funcionários de uma série de indústrias e setores, incluindo líderes empresariais e trabalhistas e organizações sem fins lucrativos”, disse Jean-Pierre em resposta a uma pergunta do correspondente da Casa Branca para a Bloomberg, Josh Wingrove.

Bankman-Fried reuniu-se em várias ocasiões com Steve Ricchetti e Bruce Reed, dois dos principais conselheiros do Presidente Biden. Ambos os funcionários ocupam cargos a poucos passos do Salão Oval, um sinal do status de SBF na administração atual.

Todas as reuniões de Bankman-Fried com Ricchetti e Reed tiveram lugar na Ala Oeste (a West Wing). Além disso, o irmão de Bankman-Fried, Gabriel Bankman-Fried, também se reuniu com os funcionários da Casa Branca duas vezes em 2022.

Embora a maioria das reuniões tenha ocorrido na primavera, os registros divulgados no final de dezembro revelaram que Bankman-Fried voltou à Casa Branca para uma quarta reunião em setembro, poucas semanas antes do colapso histórico de seu império de US$ 32 bilhões. 

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No início do outono, na época da última visita de Bankman-Fried à Casa Branca, o então bilionário estava fazendo lobby com os legisladores para aprovar a Lei de Proteção ao Consumidor de Commodities Digitais (DCCPA), uma estrutura para a regulação das criptomoedas que, embora potencialmente devastadora para alguns setores da indústria cripto, teria tratado as exchanges centralizadas como a FTX de forma muito mais favorável.   

Logo após a destruição abrupta da FTX e a prisão de Bankman-Fried em dezembro por oito acusações criminais—incluindo conspiração para cometer fraude, lavagem de dinheiro e violação das leis federais de financiamento de campanha—o projeto de lei foi suspenso. 

Nos meses anteriores à queda de Bankman-Fried, o executivo cripto doou cerca de US$ 46,5 milhões para causas políticas, incluindo US$ 5 milhões para um comitê de ação política (PAC) que alimentou uma blitz nacional pró-Biden nas últimas semanas da eleição presidencial de 2020. 

Desde então, vários políticos devolveram essas doações ou doaram quantias equivalentes à instituições de caridade.

Jean-Pierre recusou-se a comentar sobre se o Presidente devolverá quaisquer doações feitas por Bankman-Fried, ou pensa que quaisquer outros políticos democráticos deveriam. 

Na terça-feira, Jean-Pierre continuou negando qualquer comentário sobre o assunto. 

“Eu não tenho nada a declarar”, disse ela. 

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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