O mercado de criptomoedas e Bitcoin enfrenta, talvez, o mais difícil desafio de todos. Se os bancos decidissem participar efetivamente do sistema, com seus poderes econômicos, eles poderiam impedir o desenvolvimento de muitos projetos.
As instituições financeiras poderiam com uma simples negação de serviços abalar o setor, bloqueando acesso a suas plataformas quando a atividade fosse relacionada a exchanges. Até mesmo poderiam estabelecer exigências ‘irracionais’ ou simplesmente atrasar todos os processos. Estas são as indicações de um documento divulgado por uma comissão do Parlamento Europeu.
O relatório, intitulado “Concorrências na Área de Tecnologia Financeira (Fintech)”, realizado pela Comissão dos Assuntos Econômicos e Monetários (ECON), sugere que as instituições financeiras poderiam praticar esquemas predatórios de preços ou adquirir preventivamente seus concorrentes menores, de acordo com a CCN.
O documento PE-619.027, de julho de 2018, cuja análise foi solicitada pelo Departamento de Fiscalização para Políticas Econômicas e Científicas, e publicado pelo site especializado em pesquisas, Finextra, mostra uma análise do atual mercado de fintechs.
As fintechs (startups para o setor financeiro) hoje são as maiores concorrentes das instituições financeiras na área de tecnologia.
O documento define o mercado criptoeconômico como uma ‘cadeia de valor de criptomoedas’ e lista seus cinco pilares: blockchain, mineração, carteiras, contratos inteligentes e bancos e companhias de cartões de crédito.
O relatório faz a comparação de criptomoeda com a moeda eletrônica, afirmando que as moedas digitais são baseadas em uma estrutura P2P (peer-to-peer) descentralizada, enquanto a moeda eletrônica é um acordo convencional entre as partes, passando por uma entidade central.
Sobre blockchain, a análise levou em conta a distinção entre rede aberta e rede privada. As redes abertas, como o próprio nome sugere, foi definida como uma rede onde todos são bem-vindos e a privada como uma rede que não permite qualquer verificação.
Acerca da atividade de mineração, o relatório a define como um negócio composto de várias subatividades, como projeto e fabricação de hardware próprio para mineração, hospedagem, mineração automática, serviços de mineração em nuvem e pools de mineração.
No entanto, o parecer aponta alguns problemas na atividade, como 79% da participação de mercado sendo controlada por apenas cinco grupos de mineração e que nenhum deles é capaz de monopolizar.
Devido a baixos requisitos e inúmeras plataformas que disponibilizam serviço ou aplicativo para guardar criptomoedas, as carteiras foram um assunto tratado com menos apreciação.
Conforme o relatório, ficou definido que todas as exchanges funcionam essencialmente como uma carteira e que essas facilitam a entrada de qualquer um no mercado, via Web, extensão de navegador e carteiras móveis.
Por outro lado, o relatório aponta o mesmo problema relacionado com a atividade de mineração. Cinco empresas atualmente controlam 75% da participação total no mercado de Bitcoin, com o principal banco gerenciando 30%.
A última análise é dos mercados inter e intra-criptomoeda. A primeira, segundo o documento, representa a competição entre as diferentes criptomoedas pela supremacia, enquanto a segunda tem diferentes provedores de serviços lutando pelo sucesso.
Em relação a meio de pagamento, o Bitcoin foi citado como exemplo. A questão apontada foi ‘por que um comerciante adicionaria novas formas de pagamento para oferecer suporte a outras criptomoedas, quando a maioria das pessoas usa uma específica’ (o relatório foi baseado em dados de março de 2017).
É nesta parte que o resultado da análise mostra a dificuldade no uso de criptomoedas como meio de pagamento, visto que o foco ainda está em uma única, no Bitcoin.
No entanto, olhando para o gráfico atual, podemos ver claramente como o domínio do Bitcoin começa a balançar, pois sua dominância que antes era de 72% hoje caiu para apenas 43% do mercado, ou seja, quase pela metade, notou a CCN.
Leia também: Análise Técnica Bitcoin 23/07/18
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