Reguladores dos EUA vão investigar acesso de americanos à Binance, diz Bloomberg

Alvo seria oferta de derivativos não regulados no país
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A Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), regulador americano de bancos e mercado de ações, vai investigar se a Binance está permitindo aos americanos a compra e a venda de derivativos não regulados no país. As informações são do Bloomberg, em publicação nesta sexta-feira (12).

Segundo o jornal, que ouviu pessoas familiarizadas com o assunto que pediram para não serem identificadas, essa investigação é o mais recente sinal de que os reguladores podem frustrar as ambições do mercado de criptomoedas de se tornar mais popular para os investidores americanos.

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A CFTC considera as criptomoedas, como Bitcoin e Ether por exemplo, como commodities; logo, exige regulação de seus futuros e derivativos, disse o jornal.

Isso significa que as exchanges de criptomoedas enfrentam rígidas exigências de proteção e supervisão do cliente se os americanos estiverem negociando nelas — independentemente de onde as exchanges estão localizadas. A Binance tem sede em Cingapura, mas possui escritórios em vários países, ressaltou a reportagem.

Procurada pelo Bloomberg para comentar o assunto, a Binance disse em nota que nunca comenta sobre suas comunicações com os reguladores, acrescentando que a empresa está comprometida com o cumprimento das normas.

Afirmou, porém, que bloqueia residentes nos EUA de seu site e usa tecnologia avançada para analisar depósitos e retiradas em busca de sinais de transações ilícitas.

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“Temos uma abordagem colaborativa ao trabalhar com reguladores em todo o mundo e levamos nossas obrigações de compliance muito a sério”, disse a exchange. Segundo o jornal, a CFTC não quis comentar.

Pelo Twitter, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, afirmou que o caso era apenas FUD.

Caso da Binance lembra Bitmex

A ascenção das criptomedas atrai a atenção de reguladores e autoridades que estão preocupados com o comércio ilegal, manipulação, lavagem de dinheiro e violações de sançõe, acrecentou o Bloomberg, citando o caso da Bitmex, comandada por Arthur Hayes.

A exchange já foi a maior corretora de derivativos do mundo, ao menos quando falamos de bitcoin. Contudo, carrega um estigma negativo de ‘cassino sem leis’, por permitir que seus clientes se alavanquem até 100x.

Em outubro passado, a CFTC acusou a BitMEX de lavagem de dinheiro, operação ilegal nos EUA.