Imagem da matéria: Regulador da Estônia quer acabar com paraíso das criptomoedas e revogar licenças de empresas
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Matis Mäeker, chefe da Unidade de Inteligência Financeira da Estônia (FIU), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, afirmou na quarta-feira (13) ao site local, Eesti Ekspress, que os reguladores estonianos deveriam descartar as licenças dadas às empresas de criptomoedas e começar uma regulamentação do zero. Para ele, tal necessidade seria pelo fato de a população não saber o tamanho dos riscos associados ao mercado cripto e também pela grande saída de dinheiro do país.

“Esses riscos são muito, muito altos. Precisamos reagir de forma oficial e bem rápido”, disse Mäeker em entrevista ao site. Ele acrescentou que se o estado não impor controles sobre esses riscos, podem ocorrer consequências indesejáveis ​​para o governo.

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Esses riscos, segundo o diretor, podem ser equiparados a um caso de investigação global sobre lavagem de dinheiro que envolve uma filial do banco dinamarquês Danske Bank no país.

O outro motivo para agir com uma regulamentação do setor no país, segundo Mäeker, é que as empresas de criptomoedas ganham dezenas de bilhões de euros por ano, porém a maior parte desse dinheiro acaba indo parar em outros países, o que não ajuda a economia da Estônia.

“O único objetivo deles é obter uma licença e usá-la para movimentar somas muito grandes, enquanto a Estônia não ganha nada com isso”, disse Mäeker.

A Estônia é conhecida entre os grandes players do mercado de criptomoedas por conta do seu acolhimento a diversas empresas da área, como a OriginalMy, uma empresa de blockchain criada por brasileiros, cuja sede fica na capital do país, Talín. No entanto, conforme comentou o assunto o Coindesk, na jurisdição amigável e fácil de emitir uma licença, agora tudo pode mudar.

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Caso de lavagem de dinheiro

Sobre o caso Danske Bank, citado como exemplo de lavagem de dinheiro por Mäeker, uma publicação da Reuters explica que a instituição é investigada por autoridades em vários países.

Conforme descreve a agência, o caso foi descoberto depois que mais de 200 bilhões de euros em transações suspeitas fluíram através do banco na Estônia entre os anos 2007 e 2015.

Matis Mäeker também é membro do Moneyval, um braço do Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF) que tem a tarefa de avaliar o cumprimento das principais normas internacionais de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

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