Rede Ethereum conclui atualização ‘Altair’ e fica mais próxima da versão 2.0; entenda

Altair foi a primeira e pode ser a última atualização que a Beacon Chain recebe antes da troca de consenso
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O Ethereum concluiu com sucesso a atualização ‘Altair’ na sua rede principal na manhã desta quarta-feira (27). Os novos recursos do upgrade vieram para melhorar a Beacon Chain, a cadeia que prepara o ecossistema da moeda para a chegada do Ethereum 2.0 no ano que vem.

A Beacon Chain fará a transição para a nova versão do Ethereum que abandona a mineração tradicional baseada na prova de trabalho (PoW) e passa a adotar o consenso de prova de participação (PoS).

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De forma geral, a Altair trouxe suporte a light clients (clientes de uso simplificado, que não participam da validação ou consenso), pequenas alterações no modelo de incentivo e aumento dos valores cobrados em penalidades aos operadores de nodes caso fiquem offline.

As alterações foram introduzidas no protocolo durante a época 74240, sem problemas identificados até o momento. “A beacon chain do Ethereum foi bifurcada com sucesso para Altair. Sem problemas e com uma participação muito alta. Uma nova era começa hoje”, tuitou Lion, desenvolvedor core do Eth 2.0.

Embora os operadores de nodes notem mais as mudanças que a Altair traz ao invés do usuário final do Ethereum, o upgrade é importante porque coloca em teste e prepara as bases de código dos desenvolvedores em preparação para o Ethereum 2.0.

Altair foi a primeira — e pode ser a última — atualização que a Beacon Chain recebe antes da troca de consenso.

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A Beacon Chain

A Beacon Chain é a cadeia de prova de participação que foi ativada na rede principal do Ethereum em dezembro do ano passado e, desde então, roda de forma paralela à cadeia de prova de trabalho.

Ela introduziu o staking no ecossistema Ethereum, um mecanismo onde usuários da rede bloqueiam parte do seu ether no software para validar as transações em troca de recompensas. 

Como a rede ainda não está baseada na prova de participação, a Beacon Chain permite apenas que usuários bloqueiem as moedas, mas sem poder retirá-las no momento. O saque dos fundos só será permitido após a fusão do ETH 2.0.

A rede paralela também prepara o ecossistema para as cadeias de fragmentos ou  “shard chains”. O recurso dará a escalabilidade esperada para o Ethereum 2.0 e promete descongestionar a rede do ao criar outras 64 cadeias de blocos que funcionam em harmonia.