Imagem da matéria: Quem é o Faraó do Bitcoin do Leste Europeu que deu golpe de US$ 1,5 bilhão e está preso na Rússia
Kirill Doronin foi o criador da Finiko (Foto: Divulgação)

A Justiça da Rússia estendeu por pelo menos mais dois meses o tempo de prisão de Kirill Doronin, o criador de um dos maiores esquemas de pirâmide envolvendo criptomoedas da região, a Finiko. A informação foi divulgada pelo portal News Bitcoin.

Doronin é para o leste da Europa o que o criador da GAS Consultoria, Glaidson Acacio dos Santos, é para o Brasil. A pirâmide que ele criou na Rússia em 2019, movimentou US$ 1,5 bilhão em mais de 800 mil depósitos separados, conforme apontou relatório divulgado pela Chainalysis.

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Os depósitos vieram de Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, Quirguistão, Hungria, Áustria, Alemanha e Estados Unidos.

Mais ambicioso que o Faraó

A promessa de Doronin era ainda mais ambiciosa que a do “Faraó do Bitcoin”: retorno mensal de até 30% com investimentos em bitcoin. Mais humilde, Glaidson prometia 10% de lucro em quem acreditasse em sua palavra.

Segundo o The Moscow Times, Doronin era um influencer popular no Instagram que já havia se associado a outros esquemas Ponzi no passado.

Foi preso em julho deste ano e agora teve um pedido de prisão domiciliar negado pela corte de Tatarstan, um ente federativo da Rússia.

A corte negou o pedido alegando que Doronin pode atrapalhar a investigação, coagir testemunhas e, além disso, tem passaporte turco e por isso pode deixar a Rússia.

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Acusações negadas

O jornal local Realnoe Vremya publicou declarações de Doronin, que nega ser a grande mente por trás do esquema.

O reú diz “não ter tido um papel dominante no gerenciamento desses ativos” e que quer “entender o que está acontecendo e por que exatamente estou sendo acusado de peculato”.

A queda da Finiko

Finiko foi uma pirâmide financeira que surgiu na cidade russa de Kazan em 2019 e que ganhou popularidade no leste europeu ao longo de 2020, aproveitando-se das dificuldades econômicas intensificadas pela pandemia do Covid-19.

No final do ano passado, a empresa fundou a sua própria criptomoeda, a FNK. Naquele momento, a Finiko promovia a moeda aos investidores, mas a sua compra era voluntária. Já em junho deste ano, a empresa anunciou que usaria de forma exclusiva o token em todas as transações financeiras realizadas com os clientes, provocando um crescimento de dez vezes no preço do ativo.

No mês seguinte, a moeda voltou a desabar quando a empresa interrompeu todos os pagamentos aos usuários e os impediu de sacar os fundos que estavam em sua posse.

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VP preso

A corte de Tatarstan também determinou que Ilgiz Shakirov, vice-presidente da Finiko, permaneça preso, também por pelo menos mais dois meses.

Shakirov é apontado como responsável por ter atraído cerca de 100 mil pessoas para o esquema de pirâmide.

Além disso, a Justiça russa também manteve presas duas mulheres: Dina Gabdullina, também apontada como vice-presidente, e Lilia Nurieva, suspeita de conseguir convencer investidores a colocarem US$ 10 milhões por meio de táticas de marketing multinível.

“On the run”

Mas a história ainda não acabou com as quatro prisões.

Zygmunt Zygmuntovich e Marat e Edvard Sabirovy, cofundadores da empresa, tiveram tempo de escapar e atualmente são foragidos da polícia.

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