Imagem da matéria: Qual é a empresa de criptomoedas que patrocina o Inter Miami e ganhou Messi de presente
XBTO patrocina Inter Miami desde 2021 (Foto: Divulgação/Inter Miami)

O mundo do futebol foi chacoalhado com a notícia de que o craque Lionel Messi entrou para o clube Inter Miami, time dos Estados Unidos que atualmente ocupa a lanterna do torneio local. Com isso, o atleta argentino agora carrega no peito o logo da XBTO, uma marca pouco conhecida do grande público. 

Trata-se de uma companhia do setor de criptomoedas que tirou a sorte grande ao resolver se tornar a patrocinadora master do clube em 2021, quando nem se sonhava com a possibilidade do maior jogador do mundo vestir a camisa do Inter Miami, time que tem David Beckham como um dos donos. 

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O Portal do Bitcoin conversou com Philippe Bekhazi, CEO da XBTO, para entender como é a atuação da companhia, como veem o mercado e como tem sido o “efeito Messi”. 

A XBTO é uma fornecedora de serviços para empresas e atende apenas clientes institucionais. A companhia faz custódia de altos valores em criptomoedas para bancos, entidades financeiras, fundos de investimento e outros.

Outra atuação é fornecer liquidez para alguma entidade que queira criar uma plataforma de compra e venda de criptomoedas. Bekhazi não quis citar clientes, mas confirmou que a empresa já prestou serviços para Binance e Coinbase e atua junto aos principais nomes da indústria cripto. 

“Estamos realmente agindo como uma entidade fiduciária para nossos clientes. Assim, podemos atendê-los de várias maneiras. Se eles quiserem entrar nos mercados de criptomoedas pela primeira vez, somos o player perfeito para ligar”, disse.

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Sobre o fato de Messi estar agora em todos os cantos carregando no peito a marca XBTO, o executivo confirmou que houve uma explosão de buscas pela empresa de pessoas que tentam entendem quem eles são e o que fazem. 

“Messi é indiscutivelmente o melhor jogador de futebol do mundo, certo? Ele é seguido por mais de 500 milhões de pessoas no Instagram. Ele é amado em todo o mundo. Então, obviamente, para nós, é uma grande exposição. É obviamente um evento incrível que aconteceu, um evento que realmente não esperávamos”, diz. 

Messi não é uma figura estranha no meio das criptomoedas. O jogador fechou uma parceria com a Bitget, corretora de criptomoedas, em outubro de 2022. Dois meses depois, ele se sagraria campeão da Copa do Mundo com a Argentina, sendo o melhor jogador do torneio. Além disso, o jogador é embaixador da Socios.com, empresa especializada em fazer fan tokens para clubes de futebol e de outras modalidades.

O executivo afirma que existe a possibilidade de a empresa ter uma presença oficial no Brasil em 2024, mas que embora não tenha certeza, estar no país é uma missão da empresa seja no ano que vem ou depois.

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Leia abaixo entrevista com Philippe Bekhazi, CEO da XBTO:

Portal do Bitcoin: Como é a atuação da XBTO no setor de criptomoedas?

Philippe Bekhazi: Somos uma empresa nativa de cripto para institucionais, o que significa que podemos fazer custódia de ativos para instituições de patrimônio líquido ultra alto e podemos fornecer provisionamento de liquidez, que é basicamente criar mercados e permitir que você compre e venda Bitcoin, Ethereum e muitos, muitos outros tokens. Basicamente fazemos isso por meio de uma plataforma que construímos. E fazemos isso há oito anos. Também estamos desenvolvendo produtos de investimento baseados em criptomoedas, como fundos de hedge, coisas assim. Então é isso que fazemos. Não somos realmente uma infraestrutura em si, porque somos um provedor de serviços.

A associação da marca XBTO com Messi gerou uma alta nas buscas sobre a empresa, nos contatos que são feitos? Como tem sido o “efeito Messi”?

Todos nos procuraram. As pessoas que nos conheciam, as pessoas que não nos conheciam, as pessoas que queriam se conectar conosco e entender o que estávamos fazendo. Eles não necessariamente sabem quem nós somos, mas viram a marca e acessaram o site. Nós vimos bastante atividade lá. Agora é basicamente conectar a marca com os produtos.

Como vocês estão vendo o cenário regulatório apertado dos Estados Unidos?

Somos uma empresa global. Fomos criados para ser globais porque os criptoativos são uma classe de ativos globais. São negociados em todos os lugares 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. E é por isso que colocamos nossa base nas Bermudas: as Bermudas são uma jurisdição muito voltada para o futuro. Está com uma boa regulamentação, tem apenas um regulador e basicamente nos fornece o conforto e a confiança para atender o mundo a partir daí. Isso não significa que somos regulamentados apenas nas Bermudas. Adoraríamos ir e ser regulamentados em lugadores como o Brasil, União Europeia, Reino Unido, Abu Dhabim, que são lugares para os quais queremos ir. Os EUA são um pouco diferentes, é difícil porque tem muitos reguladores: a SEC, a CFTC, reguladores federais do lado bancário, a Receita Federal, o Congresso e os legisladores. E então tudo isso torna um pouco complicado.

Como vocês analisam o mercado cripto brasileiro?

Nossa estratégia para o Brasil ainda está sendo formulada. Não entramos no mercado brasileiro propriamente dito, mas temos muito interesse vindo do Brasil. Muitas empresas entraram em contato conosco e conversamos com elas sobre como atendê-las, seja nas Bermudas ou talvez um dia, no Brasil.

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Vocês têm um plano de ter uma presença oficial no Brasil, com um escritório local?

Absolutamente. É realmente a nossa intenção. Acho que agora assinamos alguns clientes do Brasil e isso nos dá conforto de que o mercado brasileiro é um mercado sustentável que nos acolhe. Então acho que não poderia dizer exatamente em que prazo, mas acho que talvez no início de 2024, procuraríamos começar a ter uma presença física oficial no Brasil.

Você acredita que o bear market das criptomoedas acabou? Como veem o futuro próximo do mercado?

Acho que estamos de volta em um ciclo ascendente. Atualmente em um pequeno intervalo, mas acho que com o passar do ano, estaremos subindo um pouco mais. Há mais interesse institucional e vimos isso recentemente com as notícias da BlackRock e ETFs. Então, embora o interesse do varejo talvez tenha diminuído, acho que o interesse institucional permaneceu o mesmo ou aumentou. Isso é positivo para o setor.

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