Imagem da matéria: Quais são os países mais ameaçam o sistema financeiro mundial, segundo o GAFI
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou na quinta-feira (18) uma lista com os países que mais ameaçam o sistema financeiro mundial. O relatório, que trata sobre jurisdições que possuem deficiências estratégicas na prevenção de crimes financeiros, foi elaborado pelo Grupo de Ação Financeira contra Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF).

Segundo publicação da autarquia no início deste mês, a medida, que é acompanhada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), permite que os participantes do mercado tenham acesso a subsídios atualizados no “indispensável e constante” processo de racionalização e monitoramento das suas operações e dos seus clientes. 

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As jurisdições listadas pelo Gafi possuem deficiências significativas em seus regimes de combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa. Quando isso ocorre, o Gafi convoca seus membros e indica às jurisdições que apliquem medidas de devida diligência reforçada.

Os países que estão sob monitoramento intensificado no momento são:

  • Albânia;
  • Barbados;
  • Botswana;
  • Burkina Faso;
  • Camboja;
  • Ilhas Cayman;
  • Gana;
  • Jamaica;
  • Ilhas Mauricio;
  • Marrocos;
  • Myanmar;
  • Nicarágua;
  • Paquistão;
  • Panamá;
  • Senegal;
  • Síria;
  • Uganda;
  • Iêmen;
  • Zimbábue. 

“O Gafi exorta essas jurisdições a concluírem a implantação de seus planos de ação de forma eficiente e dentro dos prazos propostos”, diz o relatório.

Ainda de acordo com a CVM, divulgação da lista é parte da articulação que Núcleo de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo da Superintendência Geral (SGE) tem com o Gafi, assim como as Superintendências de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) e de Relações com Investidores Institucionais (SIN).

Gafi e criptomoedas

Em junho de 2019, o Gafi introduziu os primeiros padrões globais para lidar com os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo com criptomoedas. No mês seguinte,  passou a considerar ainda mais as ações criminosas que envolviam o mercado.

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Na época — em que a criptomoeda Libra do Facebook já era discutida no mundo todo —  o secretário-executivo do Gafi para a América Latina (Gafilat), Marconi Costa Melo, disse que uma das principais preocupações é sobre o anonimato das transações.

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