O economista japonês Yukio Noguchi, renomado na comunidade acadêmica, escreveu um artigo que circula entre entusiastas do Bitcoin. A principal argumentação de Noguchi é que o pico da valorização de preço que a criptomoeda atingiu no fim do ano passado foi decorrente da introdução de mercados futuros nos Estados Unidos.
No periódico japonês Diamond Weekly, Noguchi aponta que, em 10 de dezembro, o Chicago Mercantile Exchange (Cboe) começou a negociar futuros de Bitcoin. Cinco dias depois, os preços atingiram o ápice. A cotação chegou ao patamar de US$ 20.000.
“Como agora é possível negociar com futuros de bitcoin, você nunca verá um aumento rápido novamente”, escreveu.
A revista Fortune mostra um paralelo entre o artigo de Noguchi e outro escrito por economistas do Federal Reserve Bank, em San Francisco, intitulado “Como os futuros modificaram os preços dos bitcoins”.
Em uma análise de maio, o banco destaca que a rápida subida do bitcoin na época “não parece ser uma coincidência” com a abertura do mercado futuro.
“A rápida subida e subsequente queda do preço após a introdução de futuros não parece ser uma coincidência. Pelo contrário, é consistente com o comportamento comercial que normalmente acompanha a introdução de mercados futuros para um ativo”, diz o documento.
De 2009 a meados de 2017, a criptomoeda permaneceu abaixo de US$ 4.000. No segundo semestre de 2017, aumentou para o patamar de US$ 20.000. No meio de dezembro, voltou a cair, e atingiu o valor mais baixo de 2018 mês passado, abaixo de US$ 6.000.
Apesar da baixa cotação, em abril deste ano, o Cboe registrou o maior volume diário de futuros de Bitcoin desde sua introdução. Foram negociados 18.210 contratos futuros para maio, contra cerca de 15 mil contratos no mês de janeiro.
O boom do final do ano passado levou muitos economistas a considerarem a excitação em torno da moeda uma bolha financeira semelhante a de décadas anteriores, como a imobiliária que colapsou os mercados financeiros americanos em 2007.
Nouriel Roubini, do Roubini Macro Associates, já afirmou que o bitcoin é a “mãe de todas as bohas”, a “maior da história da humanidade”, e que finalmente estava estourando.
Já Robert Shiller, professor da Universidade de Yale e Nobel de Economia, afirmou em recente entrevista à Bloomberg, que apesar de ser uma bolha especulativa, “não significa que [o bitcoin] precisa ir a zero“. Ele compara a bolha das tulipas na Holanda. Apesar de não terem o mesmo valor do século 17, ainda podem ser “muito caras”.
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