O mundo das criptomoedas é terreno fértil para histórias inusitadas. Uma das mais recentes vem da França, onde um ex-sócio de uma empresa foi preso depois de roubar o equivalente a 1,1 milhão de euros em bitcoin — ou R$ 4,9 milhões em moeda corrente brasileira — para se vingar dos antigos parceiros.
As informações são do jornal francês Le Parisien e foram repercutidas por uma série de outros veículos europeus, de Portugal à Rússia.
Tanto o autor do crime quanto a empresa atacada não tiveram seus nomes divulgados.
O crime
Tudo começou em 2013, quando o autor do crime se juntou a outros sócios para abertura de uma empresa de TI (Tecnologia da Informação), sediada nos arredores de Paris.
Apesar do crescimento, segundo o Le Parisien, os sócios divergiam com frequência entre si. As disputas levaram à demissão de um deles, em 2016. Chateado, se mudou para um outro país — também não mencionado — “em busca de novas perspectivas profissionais”.
Entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, a empresa de TI, que trabalha com criptoativos, sofre uma série de ataques por meio de uma conexão criptografada.
Em cada ação, bitcoins de propriedade da companhia eram desviados para uma conta desconhecida. No total, foram desviados 182 bitcoins, que equivalem a cerca de 1,1 milhão de euros — algo próximo de R$ 4,9 milhões.
Investigação e prisão do acusado
A partir dos ataques é aberta uma investigação junto à seção de crimes cibernéticos da Promotoria de Paris. Meses depois, a carteira de destino dos bitcoins roubados é identificada e um mandado de busca e apreensão é emitido. Nunca é demais lembrar que a criptomoeda, que tem como base a tecnologia blockchain, pode ser rastreada.
O dono da carteira digital de destino dos bitcoins era o próprio ex-sócio, que estava fora da França. De volta ao país, acabou preso no último dia 20 de dezembro, na região da Normandia.
Já sob custódia policial, o antigo sócio admitiu ter roubado os antigos colegas “por vingança” em retaliação por sua demissão. Seu computador e as chaves da carteira digital foram apreendidas.
Ainda segundo o diário parisiense, o caso é considerado o terceiro maior roubo de criptomoedas já ocorrido na França. O autor do crime agora é acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros delitos.
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