Dois carros da polícia federal do Brasil em movimento 1
(Foto: Reprodução/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14) uma operação contra traders suspeitos de prática de pirâmide financeira e crimes contra o sistema financeiro em vários estados brasileiros. De acordo com o órgão, 15 policiais federais foram mobilizados para cumprirem oito mandados judiciais: um de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão. 

As deliberações para a “Operação Alavancada”, com foi batizada pela PF, uma referência à prática de alavancagem, usada por traders nas operações, partiram da Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano (PI), indicando os alvos tanto na cidade de Brasília quanto em Formosa (GO) e Cuiabá (MT).

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“Até o momento, já foi apurado que a organização criminosa captou valores que ultrapassam a cifra de R$ 12 milhões, com mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília/DF, Floriano/PI, Elizeu Martins/PI, Corrente/PI e Teresina/PI”, diz a nota da PF.

Segundo a PF, os investigados se apresentavam como “traders” para captar vítimas que acreditavam que seus recursos seriam aplicados no mercado de ações, ou seja, ”captação de recursos de clientes por meio de fraude”. As promessas de ganho, segundo as investigações, eram de 20% ao mês sobre o capital investido.

“Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da CVM”, diz um trecho da nota.

Os valores disponibilizados pelas vítimas para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, “depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados”, acrescenta.

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Região de traders e golpes

A PF não comenta nomes, portanto, ainda não é possível saber se o caso envolve a empresa LJ Trader, suposto esquema fraudulento também aplicado na cidade de Floriano, no Piauí, uma das cidades que a PF age no dia de hoje. O negócio ruiu no começo do ano passado e deixou vários investidores no prejuízo.

Os sócios da empresa, Leonel Barbosa da Silva Júnior e Jonathas Micael Maximo da Costa, chegaram a admitir que tiveram que se esconder para fugir de ameaças.

Na época, o 2º Distrito Policial da cidade de Floriano confirmou à reportagem que dezenas de pessoas procuraram a unidade para prestar queixas contra os traders.

Em janeiro, a Polícia Civil de Goiás também prendeu o trader Péricles José Torres Galindo Filho, em cumprimento de um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara da Comarca de Floriano, no Piauí. Ele é acusado de envolvimento em um golpe de pirâmide financeira que causou prejuízos em torno de R$ 20 milhões às vítimas. 

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