A Polícia Civil de São Paulo prendeu na quarta-feira (04), em Paulínia (SP), o empresário português Mauro Cláudio Monteiro Loureiro, apontado como membro de uma organização criminosa. O caso envolve drogas, armas, bitcoin e um integrante do PCC.
De acordo com a polícia, os investigadores chegaram até Loureiro por meio de uma outra investigação. Um membro da facção de SP frequentava o escritório do suspeito, no bairro do Tatuapé em São Paulo.
Foi no escritório que os policiais descobriram que havia uso da criptomoeda no esquema. No local, ocorreu a última parte da operação que teve início na segunda-feira (02).
Segundo o delegado Fábio Sanches Sandrini, em coletiva de imprensa na quinta-feira (05), o local era o centro financeiro da organização.
Devido à habilidade de Loureiro com dinheiro, ele passou a servir o tráfico como um agenciador de prestação de serviços.
No escritório, agentes apreenderam computadores utilizados para transferência de dinheiro e bitcoin. No entanto, Sandrini disse que a polícia ainda está colhendo provas pertinentes à suposta lavagem.
“Apreendemos também na casa dele documentações, anotações, contabilidade, que estão sendo analisadas e que vão nos trazer mais esclarecimentos sobre a atividade dele”, explicou o delegado.
PCC, bitcoin e banco nos EUA
Durante a ação policial, foram apreendidos veículos de luxo, drogas, armas e até aeronaves. Os aviões faziam parte de uma frota utilizada para transporte de drogas, principalmente do Mato-Grosso para o interior de São Paulo, revelou Sandrini.
Ele contou que na casa de Loureiro foi encontrado um tijolo de cocaína escondido no quarto da filha. Além disso, em um hangar no aeroporto de Bragança Paulista (SP), foram encontradas armas.
De acordo com o delegado, nove aviões eram usados no tráfico. No local, aeroporto de Bragança Paulista, foram encontradas três pistolas, um revólver e uma espingarda calibre 12.
Sobre a vida de luxo que o empresário levava, à polícia ele disse que estava investindo na criação de um banco nos EUA para trabalhar com pedras preciosas.
No entanto, Loureiro não tinha nenhuma atividade laboral que justificasse seus bens. “Se diz empresário, mas não tem uma empresa, não tem um comércio e não trabalha”, comentou o delegado na coletiva.
O português vai responder por associação ao tráfico, associação criminosa e provavelmente por lavagem de dinheiro com bitcoin. Seu envolvimento com o PCC também está sendo apurado.
Os trabalhos investigativos e de campo foram realizados por agentes da 2° Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat).
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