PIX vai permitir que clientes façam saques em lojas, diz presidente do Banco Central

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Foto: Reprodução/YouTube)

Além de tornar uma transação financeira tão simples quanto o envio de uma mensagem de WhatsApp, o novo sistema de pagamentos instantâneos brasileiro — o PIX — vai permitir ainda a realização de saques por meio de lojas.

A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (22) pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante a abertura da 9ª Reunião Plenária do Fórum PI, instância que discute a implantação do serviço.

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No entanto, segundo Campos Neto, os detalhes de como funcionará esse serviço serão anunciados somente na próxima reunião do fórum, agendada para agosto.

“O que posso adiantar é que essa facilidade visa a trazer mais eficiência, por meio da reutilização do dinheiro no varejo e do aproveitamento dessa rede, e fomentar a competição, ampliando as opções e a capilaridade das instituições para ofertarem o saque”, disse o presidente do BC.

Ainda de acordo com Campos Neto, os saques via rede varejista “têm potencial de reduzir ainda mais o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário” e de gerar negócios adicionais aos varejistas”.

Entre outras inovações, o PIX prevê que pagamentos sejam processados em até 10 segundos, independente do dia e hora, agilizando uma série de procedimentos que hoje dependem de compensação bancária. Ao mesmo tempo, o novo serviço deve extinguir o TED e o DOC, dois velhos conhecidos do mercado financeiro e basta limitados em relação ao PIX.

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A essas facilidades, segundo o BC, também se juntará também a possibilidade de saques por meio da rede varejista.

Quase mil adesões

O PIX, que está sendo desenvolvido pela autoridade monetária nacional, promete revolucionar o mercado brasileiro a partir de 16 de novembro, quando entra em operação.

É a primeira edição do Fórum PIX desde o anúncio da lista total de adesões ao serviço de pagamentos instantâneos. De acordo com o Banco Central, 980 instituições que fizeram a solicitação, entre bancos, fintechs, cooperativas de crédito e outras empresas.

De acordo com BC, o resultado evidencia o grande interesse do mercado em oferecer o novo meio de pagamento.

Vale lembrar que a adesão ao PIX era obrigatória a todas as instituições que tinham mais de 500 mil contas ativas. A determinação do BC se deu como forma de estabelecer o PIX como um padrão a ser seguido pelo mercado, além de assegurar sua rápida adoção pelos principais integrantes.

As empresas que solicitaram adesão ao PIX e não cumprirem com todas as etapas de homologação até outubro não contarão com o serviço a partir de seu lançamento, em novembro.

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Mercado em expansão e reinvenção

A novidade anunciada pelo BC entra ainda no bojo de novas possibilidades de serviços que o próprio PIX promete ajudar a fomentar junto ao mercado financeiro brasileiro.

Ao chegar em novembro, no entanto, o PIX encontrará companhia. Isso porque no último dia 15 de junho o Facebook anunciou o lançamento da função de envio e recebimento de pagamentos por meio do WhatsApp.

O popular aplicativo de mensagens tem no Brasil, com cerca de 120 milhões de usuários, seu segundo maior mercado no mundo — atrás somente da Índia. Essa capilaridade é um dos trunfos da big tech, que marca assim sua entrada no mercado de pagamentos no Brasil.

Por outro lado, o PIX conta já de saída com boa parte do mercado de pagamentos ao menos em processo de adesão ao serviço.

Para analistas consultados pelo Portal do Bitcoin, a chegada do serviço via WhatsApp configura um cenário “pré-PIX” e a existência de ambos a partir de novembro gera curiosidade sobre como ambos vão se comportar.

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