Imagem da matéria: Pirâmide financeira FX Trading ataca em Portugal; CVM local foi acionada

A FX Trading, suposta pirâmide financeira que fez milhares de vítimas no Brasil, e agora disfarçada de F2 Trading, está captando clientes em Portugal, segundo publicação do jornal local TVI 24 na segunda-feira (07).

De acordo com a reportagem, Phillip Han e seus colaboradores, que relançaram a empresa em Dubai, nos Emirados Árabes, em julho, já recrutaram pelo menos 8 mil pessoas com promessas estratosféricas de rendimentos em bitcoin. A CVM portuguesa, chamada de CMVM, já foi acionada.

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Conforme mostram as imagens em um vídeo divulgado pelo jornal, um grupo que representa a empresa — que recebeu duras advertências no Brasil e na Espanha — “se reúne todas as terças-feiras, onde são feitas propostas tentadoras para angariar dinheiro fácil”.

O vídeo mostra os divulgadores tentando persuadir as pessoas a investirem na plataforma. Eles se apresentam como ‘Design Your Life’ e dizem que não se trata de uma empresa, mas sim de um grupo de investidores.

A oratória e as promessas dos recrutadores mostradas nas imagens são características de esquema de pirâmide.

Destas reuniões, estima-se que pelo menos 8 mil pessoas já aderiram ao plano, conforme explicou a repórter que participou de um dos eventos com uma câmara escondida.

No final, ela se apresenta e pede para falar com os responsáveis, mas eles se esquivam.

FX Trading no Brasil

No Brasil, A FX Trading foi proibida de atuar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e em julho a empresa anunciou o encerramento das atividades de marketing multinível.

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Após  anúncio, a empresa disse que pagaria os clientes apenas no valor investido. No entanto, muita gente ficou sem receber, conforme relatos no site Reclame Aqui.

Para a CVM, aqueles que vinham oferecendo aplicações de Forex no Brasil como espécies de agentes locais de corretoras estrangeiras captando clientes e recursos para viabilizar aplicações no exterior, estariam atuando ilegalmente no mercado.

O órgão disse, por meio de sua cartilha, que esses agentes atraíam pessoas “com a promessa de uma rentabilidade maior, de ‘lucro fácil’, de ‘ganho certo’”, utilizando “todos os meios disponíveis, mas priorizam a divulgação pela internet, com páginas especializadas, fóruns de discussão, chats, e-mails de marketing, entre outros”.

E alertou sobre os riscos:

“O investidor brasileiro que decidir investir nesse tipo de ativo estará lidando com pessoas ou instituições não registradas na CVM ou no Banco Central do Brasil, o que traz riscos adicionais para o seu investimento, como fraudes, dificuldade de obter ressarcimento em caso de prejuízo, operações não autorizadas e roubo de dados pessoais”.


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