PF prende grupo que usava criptomoedas e empresas de fachada para ocultar R$ 2 bilhões do tráfico

Oito pessoas foram presas por fazer parte da quadrilha criminosa que movimentou R$ 2 bilhões desde 2017
Bolo dinheiro apreendido pela PF

Bolo de dinheiro apreendido pela PF na operação de hoje (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (12) a Operação Bahamut para desarticular uma quadrilha que praticava lavagem de capitais oriundos do tráfico internacional de drogas e de outros delitos. Segundo o G1, oito pessoas foram presas na operação de hoje. Eles faziam parte dos grupos criminosos que movimentaram mais de R$ 2 bilhões desde 2017, praticando a lavagem de dinheiro inclusive com criptomoedas.

Segundo informações da PF, os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos contra alvos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Justiça do Rio determinou também o sequestro de bens e valores em nome dos investigados.

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Para a operação, foram mobilizados mais de 80 agentes para cumprir 40 mandados de prisão e de busca e apreensão em vários estados.

Alguns alvos da operação ostentavam vida de luxo e residiam em imóveis de alto padrão, além de possuírem veículos importados de elevado valor, bem como realizavam viagens internacionais de maneira constante, explica a PF.

Os acusados usavam empresas de fachada para ocultar o patrimônio ilícito. Ao todo, mais de 20 empresas criadas com essa finalidade foram identificadas, como uma casa de câmbio do Rio de Janeiro, que também é investigada pela internalização de valores provenientes de outros países para o pagamento de traficantes no Brasil.

“Além de transações injustificáveis por intermédio de empresas inexistentes, a Polícia Federal também identificou que os grupos criminosos forneciam o serviço de lavagem de capitais por meio de criptoativos”, diz a PF. Ao todo, ressalta o órgão, foi determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 250 milhões, além da constrição de bens móveis e imóveis.

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A publicação ressalta que a operação de hoje é desdobramento de operações passadas “contra o tráfico internacional de cocaína pelo modal marítimo do Brasil para a Europa”.