Bolo de dólares em cima de outras notas
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A Polícia Federal Argentina (PFA) prendeu nesta semana um suspeito de liderar junto com a família uma quadrilha que lavou US$ 7 milhões com Tether (USDT), dinheiro este proveniente de jogos ilegais e do contrabando de celulares.

Fabián Di Julio, conhecido pelo apelido “El Gordo”, se entregou na PFA na última quarta-feira (3) e foi encaminhado para o Complexo Penitenciário Federal de Ezeiza, na província de Buenos Aires.

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Considerado foragido há dois meses, Fábian procurou as autoridades acompanhado de advogados enquanto o cerco policial contra ele se fechava, sendo o último do caso a se deparar com o Tribunal de Justiça de Mar del Plata.

Seu filho, identificado como Gianluca, se entregou dias antes, enquanto a mãe, Verónica Scrosoppi, também foi indiciada, segundo informações do site Criptonoticias. No total, nove pessoas foram acusadas, de acordo com Ministério Público.

Fundos eram ocultados com USDT

A gangue contrabandeava telefones de última geração em Mar del Plata com a ajuda de um funcionário da alfândega. Ao mesmo tempo, a quadrilha usava fraudulentamente o nome de um conhecido cassino e o propagava nas redes sociais e posteriormente ocultava os ganhos com USDT.

Destes fundos, apenas 28.589,26 USDT foram recuperados, segundo a Unidade Fiscal Especializada em Crimes Cibernéticos (UFECI). Isso porque as manobras incluíram depósitos múltiplos em contas de terceiros e transferências recíprocas, o que dificultou a rastreabilidade e confundiu os ativos nas exchanges.

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Em investigações anteriores, contudo, a conta de um dos arguidos, entre junho de 2021 e abril deste ano, foram detectados depósitos no valor total de 6.759.166,89 USDT em 309 operações.

“Os fundos estão ligados aos atos criminosos de branqueamento de bens de origem ilícita investigados neste caso”, disse o juiz Santiago Inchausti no processo. “A utilização de criptoativos (…) Facilita o pseudoanonimato das operações realizadas, a difícil rastreabilidade e a possibilidade de operar transnacionalmente com os fundos sem qualquer tipo de restrição”.

A gangue começou a ser desmantelada em maio deste ano em uma operação da Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA), que apreendeu vários produtos sem notas fiscais, como armas e celulares, e equipamentos comumente usados por traficantes, além de dinheiro e mineradoras de criptomoedas.

Na ocasião, foram também realizadas 22 operações nas residências dos suspeitos.

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