Em um novo passo para ampliar o uso e aceitação de suas carteiras digitais e de aproximação mútua, o PayPal e o Mercado Livre firmaram um acordo comercial que atinge quase 350 milhões de usuários no mundo todo.
Segundo o Valor Investe, o acordo entre as empresas visa “exclusivamente estabelecer regras e procedimentos que viabilizem a interoperabilidade entre os arranjos de pagamento, nos termos da regulamentação do Banco Central”.
Como vai funcionar o acordo
Pelo acordo, todo vendedor que aceita PayPal no mundo dará a opção de pagar com Mercado Pago [carteira digital do Mercado Livre] aos 48 milhões de usuários brasileiros e mexicanos.
Por outro lado, o PayPal também será aceito no Mercado Livre, que tem forte presença na América Latina. Os sites que aceitam Mercado Pago no Brasil e no México também darão a opção de pagamento com PayPal para os 300 milhões de clientes da gigante americana de pagamentos do mundo todo. O acordo não prevê inclusão de lojas físicas.
A previsão é que tais serviços estejam disponíveis no Brasil no segundo trimestre de 2020. Apesar do acordo, cada companhia vai operar suas carteiras digitais de forma independente.
O anúncio marca uma nova etapa na aproximação entre as duas empresas. Em março, o PayPal fez um aporte de US$ 750 milhões em ações do Mercado Livre e passou a deter 3% da empresa, que tem capital pulverizado na Bolsa de tecnologia Nasdaq.
Popularização de carteiras digitais
O PayPal faz grande aposta no Brasil e no exterior na popularização das carteiras digitais, área na qual a empresa se considera uma referência.
De acordo com Thiago Chueiri, diretor de desenvolvimento de negócios do PayPal Brasil, o crescimento do setor de fintechs e bancos digitais no país permite a abertura desse espaço.
“Elas [fintechs e grandes player globais] desconcentram [o mercado] dos grandes bancos e gera o que chamamos de interoperabilidade. Quanto mais fintechs, mais elas ajudam a divulgar o que é uma carteira digital”, disse Chueiri ao Portal do Bitcoin em novembro, durante evento em São Paulo.
Entre os fatores que tornam o Brasil um ambiente atrativo para as fintechs, Chueiri cita: a valorização do dólar, que barateia investimentos externos; o alto spread bancário, que abre espaço para serviços mais baratos oferecidos pelas fintechs; e o hábito de consumo pelo celular.
Olho nas criptomoedas
Além das carteiras digitais, a gigante americana de pagamentos também anda de olho nas criptomoedas.
Desde maio o PayPal conta com autorização do Banco Central para operar também como instituição de pagamento. Com ela, a empresa está liberada para realizar novas atividades no país, na modalidade de emissão de moeda eletrônica.
Na esfera internacional, o PayPal Ventures investiu o equivalente a R$ 17 milhões na startup TRM Labs, focada no gerenciamento de riscos e compliance de criptomoedas para o setor financeiro.
Em fevereiro, em entrevista ao Wall Street Journal, o diretor financeiro da PayPal, John Rainey, afirmou ser “bem provável” que o bitcoin se torne um meio de pagamento popular no futuro.
Já no contexto brasileiro, a empresa prefere aguardar uma maior definição quanto à regulamentação dos criptoativos. No Congresso Nacional há alguns projetos em tramitação, mas nenhum está adiantado o suficiente para vigorar já nos próximos meses.
Até agora a principal regulação ao universo cripto no Brasil vem da Instrução Normativa 1888, implementada pela Receita Federal e válida desde 1º de agosto.
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