A gigante no mercado global de pagamentos PayPal decidiu deixar a Libra Association, uma organização criada pelo Facebook para desenvolver uma criptomoeda. Conforme comunicado na sexta-feira (04), o motivo da saída é que a empresa precisa focar mais em seus próprios projetos, publicou o Coindesk.
De acordo com um relatório publicado Financial Times no dia 03 de outubro, o PayPal começou a se distanciar do projeto devido a críticas e recentes questões regulatórias discutidas por vários países em torno da Libra.
Contudo, segundo a reportagem, o PayPal disse que a decisão de deixar a associação foi por eles estarem mais focados em seus negócios, que são centrados em democratizar o acesso a serviços financeiros para a população mais carente.
No entanto, a empresa, que pretendia ser um dos nodes do blockchain da Libra, não hesitou em dizer que apoia a iniciativa da gigante das redes sociais.
“Mantemos nosso apoio às aspirações de Libra e esperamos continuar o diálogo sobre como poderemos trabalhar juntos no futuro”.
Criptomoeda Libra
Com sede em Genebra, na Suíça, a Libra Association foi encarregada pelo Facebook em liderar o desenvolvimento contínuo da criptomoeda, sem depender da rede social.
Anunciado em junho e com previsão de finalização em 2020, o projeto Libra, de responsabilidade da subsidiária do Facebook, Calibra, tem como objetivo criar pelo menos 100 nodes.
Estes nodes seriam as empresas da Libra Association, que já conta com Visa, Mastercard, Uber, eBay, entre outras. O valor de investimento mínimo no projeto foi definido em US$ 10 milhões.
No mês passado, foi veiculada a informação de que a Libra teria metade do seu lastro em dólares americanos, sendo a outra metade em euro e moedas fiduciárias do Reino Unido, Japão e Cingapura, deixando de fora, a moeda da China.
De acordo com a projeto, a carteira digital para a Libra estará disponível no Messenger, WhatsApp e em um aplicativo independente para realização de pagamentos e transferências globais via blockchain.
Libra no Brasil
No Brasil, a criptomoeda do Facebook já entrou em pauta. Em agosto deste ano, dentre alguns requerimentos de audiência pública, o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) incluiu um convite ao representante do Facebook para falar sobre a Libra.
O objetivo é debater possíveis consequências socioeconômicas para o sistema financeiro brasileiro.
No final de junho, a Libra Association, entidade responsável pela criptomoeda do Facebook, entrou com um pedido de registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com o documento, a empresa pretende oferecer produtos atrelados a criptomoedas, como cartão de crédito, gestão, compra e venda, além de um programa que cria tokens para serem trocados por dinheiro.
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