Imagem da matéria: “Os governos vão barrar o avanço das criptomoedas”, diz ex-diretor do FMI

“A libra deixou a comunidade das criptomoedas empolgada, porque o Facebook, com seu vasto poder, estará ao seu lado”, disse Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). A publicação é de sexta-feira (19) do jornal Valor Econômico

Rogoff também questionou as chances da Libra dar certo. Ele acredita que os bancos centrais, mais precisamente os governos, vão barrar o avanço das criptomoedas.

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Conforme o Valor, diante da forte reação de autoridades mundiais após o anúncio do Projeto Libra, Rogoff disse:

“Os governos não vão deixar suas moedas fiduciárias perderem espaço. Vão mudar regulamentos e regras para garantir que isso não aconteça”.

No entanto, em sua visão, os bancos centrais, principalmente dos países desenvolvidos, devem emitir suas próprias criptomoedas. Ou seja, precisam ser protagonistas nessa transformação.

Inclusive o assunto faz parte do seu livro ‘The Curse of Money’ (A Maldição do Dinheiro, sem edição no Brasil), diz a reportagem.

O texto argumenta que só a possibilidade de existência da Libra já foi o bastante para despertar apreensão entre autoridades mundiais — agora eles se organizam para barrar a empreitada.

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O que alegam é que o plano da empresa colocará em risco o sistema financeiro mundial.

Inovação deve prevalecer

Segundo o economista Lara Resende, diante da repercussão da Libra, “a força da tecnologia acabará por prevalecer”. O artigo questiona: “Mas até que ponto essa movimentação pode barrar uma inovação?”.

Resende acredita que “como o projeto necessitará de autorizações legais e administrativas das autoridades financeiras, o lobby poderá atrasar sua aprovação”.

Contudo, para o economista “a libra parece a mais bem pensada e ambiciosa iniciativa de moeda privada”, escreveu o Valor.

Criptomoeda Libra

O Facebook anunciou a criação da criptomoeda Libra juntamente com uma associação, a Libra Association.

A entidade vai supervisionar o novo produto da rede social que será aberto a outras empresas, como já anunciadas, por exemplo, a Visa e Mastercard, ou fundos de investimentos bilionários, como Andreessen Horowitz.

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De acordo com o white paper da Libra, tanto a blockchain como uma carteira para a nova criptomoeda serão lançados em 2020. A subsidiária ‘Calibra’ será a responsável.

A rede blockchain terá pelo menos 100 nodes, sendo que 28 já estavam fechados com o projeto quando foi anunciado.

De acordo com a empresa, a carteira digital para a Libra estará disponível no Messenger, WhatsApp e em um aplicativo independente para realização de pagamentos e transferências via blockchain.


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