O empresário chinês Jiang Zhuoer, dono do pool de mineração BTC.TOP, foi ao Twitter na segunda-feira (24) para explicar como a possível proibição da mineração na China pode impactar o mercado das criptomoedas ao longo prazo.
Apesar de afirmar que os mineradores chineses podem perder o domínio do mercado, a situação para o bitcoin é “menos séria do que parece”, segundo ele acredita.
Por outro lado, segundo ele, para a atividade da mineração pode haver uma mudança significativa: “Os grandes mineradores veteranos podem sofrer uma perda significativa desta vez. O pior cenário seria: grandes datacenters são desligados e voltamos aos velhos tempos em 2014-15.”
Zhuoer, que atua no mercado desde 2013, controla o 10º maior pool de mineração de bitcoin do mundo, responsável atualmente por 3,18% de todo poder de hash da criptomoeda.
Na visão dele, a mineração do bitcoin pode ser transferida das grandes fazendas de mineração no país e voltar a ganhar força entre os mineradores caseiros, de pequeno e médio porte, tal como ocorria no passado.
“Embora esses mineradores paguem custos de eletricidade mais altos e toda a indústria se torne menos eficiente, o número de máquinas em funcionamento diminuirá, fazendo com que a produção por unidade aumente”.
A dependência do bitcoin da China
O empresário defende que mesmo que o poder de hash do bitcoin caia 50%, a rede vai continuar forte e as empresas do setor vão se adaptar à nova realidade. “Durante o processo, não haverá mudanças óbvias na rede do bitcoin, exceto que os pools de mineração da Europa e da América do Norte poderão superar os pools chineses”.
Na visão de Zhuoer, caso a repressão de fato ocorra, as placas serão vendidas para fora do país. “No final”, escreve, “o hashpower da China vai ir para o exterior assim como as exchanges fizeram em 2017”.
A rede ainda depende 65% do poder computacional dos mineradores chineses, segundo os dados da Universidade de Cambridge.
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