Imagem da matéria: O que muda nas corretoras brasileiras de criptomoedas com a chegada do Pix
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A chegada do Pix no dia 16 de novembro vai permitir transferências bancárias 24 horas por dia e sete dias por semana. Embora nenhuma corretora brasileira de criptomoedas esteja diretamente conectada ao sistema, boa parte estará ligada por meio de bancos ou fintechs.

A reportagem conversou com seis exchanges que operam no Brasil para entender o que deve mudar para os clientes.

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Mercado Bitcoin

A conexão entre o Pix e o Mercado Bitcoin, maior corretora de criptomoedas do Brasil, será por meio dos bancos parceiros da empresa, conforme o CEO da corretora, Reinaldo Rabelo.

Os clientes, ao se conectarem ao Pix por meio dos bancos, poderão enviar dinheiro para a exchange e vice-versa. “A corretora estará preparada para funcionar dentro do mesmo sistema de pagamento”, disse.

Assim que o sistema do BC estiver disponível, ainda de acordo com Rabelo, as operações no Mercado Bitcoin passam a ser 24/7: “Não mais teremos fechamento de janelas de operação e nossos clientes poderão realizar cash-in e cash-out também aos finais de semana”.

Vale lembrar que instituições sem autorização do BC para funcionar precisam seguir algumas regras para aderir ao PIx. Conforme a Instrução Normativa (IN) 16/2020, as empresas devem integralizar e manter capital de pelo menos R$ 1 milhão.

NovaDAX

A NovaDAX afirmou que também estará conectada ao PIX de forma indireta. No caso da empresa, no entanto, a ligação com o sistema de pagamentos ocorre por meio de uma conta digital.

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Essa conta digital foi desenvolvida em parceria com a fintech Ewally. A startup — assim como outras 980 empresas — foi autorizada pelo BC a integrar o Pix.

“A pessoa poderá usar o Pix para transferir para sua conta digital e enviar esse saldo de forma instantânea, automática e gratuita para a sua wallet da corretora para comprar criptomoeda, também 24 horas e sete dias por semana”, disse a CEO da NovaDAX, Beibei Liu, ao Portal do Bitcoin.

Foxbit, Ripio, Braziliex e Binance

Tanto a Ripio, como a Foxbit e a Braziliex, também informaram que, pelo menos por ora, a ligação com o Pix ocorrerá por meio dos parceiros bancários.

Ricardo da Ros, Country Manager da Ripio no Brasil, disse que em um segundo momento a exchange terá integração direta com o sistema. Ros, no entanto, não informou data ou como isso ocorrerá. “Muitas coisas ainda não estão definidas”, disse.

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As três corretoras disseram ainda que, assim que o Pix estiver 100% disponível, os clientes também terão a possibilidade de operar nos finais de semana.

“Esperamos um incremento significativo no volume de trades aos sábados e domingos”, disse o CEO da Foxbit, João Canhada, ao Portal do Bitcoin.

Já a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, disse que ainda irá avaliar como será feita a integração com o novo sistema de pagamentos instantâneos do BC.

Taxas

As corretoras consultadas pela reportagem informaram que não cobrarão taxas para transferência de dinheiro feitas por meio do Pix. As cobranças, segundo as empresas, ficarão a cargo das instituições bancárias parceiras.

Vale lembrar que o novo serviço de pagamento instantâneos do Brasil é gratuito para pessoas físicas e empresários individuais. De acordo com o BC, no entanto, instituições que ofertam o Pix poderão cobrar tarifas de pessoas jurídicas.

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PIx é concorrente ou aliado?

Nenhuma corretora consultada vê o Pix como concorrente. “Na verdade é um aliado, pois irá permitir movimentação de reais de forma rápida e prática”, disse Ros, da Ripio.

Canhada, da Foxbit, afirmou que com o Pix as corretoras não precisarão abrir contas em vários bancos. “Agora, ter conta em inúmeras instituições não é mais tão importante, visto que ele praticamente é um complemento ao sistema financeiro. Isso vai beneficiar muito nossa operação”, falou.

Vale lembrar que as corretoras de criptomoedas nacionais e os bancos vivem em pé de guerra.

O CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo, também disse que o Pix não é concorrente das exchanges. Para ele, o sistema não substitui a finalidade dos criptoativos.

“Acreditamos, na verdade, que a solução vai acelerar a transformação digital dos meios de pagamento no Brasil, atendendo a necessidade de viabilizar os pagamentos instantâneos com um sistema muito mais barato, rápido, transparente e seguro”.

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