Faltando apenas uma semana para a posse do presidente eleito dos EUA Donald Trump, Scott Bessent, o bilionário gestor de fundos de hedge e indicado para Secretário do Tesouro, está se preparando para se desfazer de vários ativos, o que possivelmente inclui sua participação no ETF de Bitcoin à vista da BlackRock (IBIT).
O desinvestimento segue as diretrizes éticas federais, que exigem que os indicados vendam participações específicas dentro de 90 dias da confirmação do Senado para evitar conflitos de interesse.
O ETF de Bitcoin da BlackRock, que administra mais de US$ 50 bilhões em ativos, é o maior fundo de Bitcoin à vista do mundo e um dos investimentos mais observados no portfólio de Bessent.
A comunidade de criptomoedas deu as boas-vindas ao secretário do Tesouro indicado por Trump no final de novembro, principalmente devido à participação de Bessen no IBIT, avaliada entre US$ 250.001 e US$ 500 mil.
Bessent divulgou seu portfólio no valor de aproximadamente US$ 521 milhões, de acordo com o registro tornado público no sábado (11) pelo Escritório de Ética Governamental dos EUA.
Isso inclui títulos do Tesouro dos EUA, os principais ETFs, como o SPDR S&P 500 Trust (SPY), fundos de hedge, commodities, como ouro e prata, e muitos outros.
Além de vender determinados ativos, Bessent se demitirá do Key Square Group, o fundo de hedge que ele fundou, e reduzirá sua participação na empresa.
Embora Bessent tenha se comprometido a se desfazer de várias participações, ainda há dúvidas sobre se o IBIT será incluído.
Essa ambiguidade levou à especulação alimentada por um post de Mathew Sigel, chefe de pesquisa da VanEck, que questionou a necessidade do desinvestimento.
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“Não tenho certeza por que a Bloomberg diz que ele estará vendendo o ETF de Bitcoin. Para outros ativos, o desinvestimento é anotado no rodapé, mas não o IBIT”, escreveu Sigel no X na segunda-feira (13).
Bessent no comando do Tesouro
Em novembro, Trump escolheu Bessent para o cargo de Secretário do Tesouro, citando sua ampla experiência financeira e seu histórico comprovado como investidor.
“[Scott Bessent] me ajudará a dar início a uma nova Era de Ouro para os Estados Unidos”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social na época.
Antes de fundar o Key Square Group, Bessent atuou como diretor de investimentos da Soros Fund Management de 2011 a 2015, supervisionando os ativos do bilionário George Soros e suas fundações filantrópicas.
Além de sua carreira de investidor, Bessent lecionou história econômica como professor adjunto na Universidade de Yale, sua alma mater, de 2006 a 2010.
A audiência de confirmação de Bessent está marcada para 16 de janeiro, poucos dias antes da posse de Trump.
Se for confirmado, ele desempenhará um papel fundamental na agenda econômica de Trump, que inclui cortes de impostos, desregulamentação e incentivo à adoção de criptomoedas.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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