Imagem da matéria: Nova novela da Globo terá deep web, metaverso, crimes cibernéticos e inteligência artificial
os atores Chay Suede, Lucy Alves e Romulo Estrela em ‘Travessia’ (Foto: Globo/Fábio Rocha)

A nova novela do horário nobre da Globo vai explorar o submundo da internet, abordando temas como a deep web e até mesmo um caso de estupro realizado no metaverso. “Travessia”, escrita por Gloria Perez, vai substituir Pantanal no horário das 21h da emissora a partir do dia 10 de outubro.

“Vamos mostrar tanto crimes que acontecem no mundo real quanto uma outra modalidade muito interessante, que são os crimes no ambiente cibernético, como o estupro no metaverso”, disse Perez em coletiva de imprensa na última quarta-feira (21), segundo o portal F5.

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Na ocasião, a autora relembrou o caso de uma mulher que disse que seu avatar foi assediado sexualmente no ambiente virtual. 

O debate sobre os abusos dentro do metaverso ganhou força em abril deste ano, quando uma empresária britânica que trabalha com pesquisas de realidade virtual, narrou uma experiência traumatizante que teve ao ser encurralada em uma sala no “Horizon Venues”, metaverso da Meta (ex-Facebook).

Os temas de “Travessia”

Ao que tudo indica, a nova novela da Globo vai optar por mostrar o lado sombrio das novas tecnologias da internet.

O pontapé da história será um “deep fake” – vídeos falsos criados com o uso de alta tecnologia – feito para incriminar a protagonista “Brisa”, interpretada por Lucy Alves, no qual seu rosto é editado em um vídeo para simular que ela é uma sequestradora de crianças. 

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A novela terá hackers que vão circular na deep web, o ambiente obscuro da internet usado para manter atividades anônimas e, muitas vezes, ilegais, bem como investigadores especializados no combate de crimes cibernéticos.

No enredo da novela também serão abordados outras problemáticas atuais ligadas ao universo digital, desde a dependência tecnológica até a relação das pessoas com a inteligência artificial.

“Vamos mostrar todo um universo de crimes cibernéticos. Vamos falar desse mundo que está surgindo, dessa tecnologia que pode unir todas as pessoas do mundo, mas também dessa possibilidade de que alguém no Japão possa fazer algo com alguém no Rio, mostrar que algumas pessoas podem fazer mal uso disso”, acrescentou Perez durante a coletiva da semana passada.

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