Imagem da matéria: No Senado, BC reafirma posição sobre criptomoedas: “Especulativas e de alto risco”
Banco Central do Brasil. (Foto: Agência Brasil)

Fábio Araújo, representante do Banco Central do Brasil (BC), reafirmou nesta quarta-feira (1º), em audiência pública do Senado Federal para discutir a criação e a implantação do “Real Digital”, a posição da entidade sobre as criptomoedas:

“As CBDCs (sigla em inglês para moedas digitais de bancos centrais) não se confundem com criptoativos. O BC mantém a opinião de que os criptoativos são ativos especulativos e trazem alto risco para carteiras dos indivíduos”.

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A audiência foi realizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática a pedido do senador Rodrigo Cunha (PSDB), presidente da Comissão.

Em sua apresentação, Araújo também deu um panorama sobre como anda o desenvolvimento do moeda digital brasileira no Banco Central. Segundo ele, o BC ainda está promovendo debates com a sociedade e reuniões com entidades para desenhar o projeto.

“Nosso objetivo é esclarecer quais demandas a sociedade apresenta para o Real Digital. Após isso, passaremos em breve para fase de teste com prova de conceito e possivelmente laboratório de inovação, e isso deve ocorrer ao longo de 2022”, falou.

Além de abordar a implantação do Real Digital, o BC também vem discutindo, em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a regulação das criptomoedas.

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Desafios para o Real Digital

Daniel Gersten Reiss, coordenador-geral de sistemas financeiros representante do Ministério da Economia, também participou do encontro. Em resumo, ele abordou os desafios técnicos e jurídicos para implantação da uma CBDC brasileira:

“Precisamos responder algumas perguntas, a exemplo de como os pagamentos dentro do mesmo banco devem ser registrados individualmente no BC/operador e como operacionalizar a moeda ‘inteligente’?”

O senador Cunha, que propôs o encontro, disse que esse assunto é importante porque ainda há muitas dúvidas sobre a digitalização da economia brasileira e as moedas digitais:

“Precisamos debater este tema. A digitalização é uma realidade na vida da população, em vários campos, mas ainda não há informações mais claras de como isso vai acontecer quanto ao dinheiro em circulação no Brasil”.

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Também participaram da audiência pública Leandro Vilain, diretor executivo de inovação, produtos e serviços Bancários da Febrabran; Silvia Amélia Fonseca de Oliveira, diretora de recuperação de ativos e cooperação jurídica internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Dora Kaufman, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP); e Eduardo Diniz, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo – EAESP/FGV.

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