“NFT” supera “Cringe” e vira a palavra de 2021 para o dicionário Collins

Termo ganhou força ao longo de 2021 após casas de leilão e museus terem abraçado a ideia
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Foto: Shutterstock

O dicionário Collins anunciou que “NFT” é sua palavra do ano de 2021, derrotando uma curta lista de competidores, incluindo “vacinação dupla”, “trabalho híbrido” e “cringe”.

Collins define NFT (abreviatura de token não fungível) como “um certificado digital único, registrado em um blockchain, que é usado para registrar a governança de um ativo como uma obra de arte como colecionável”.

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Como um substantivo, o termo descreve “um ativo cuja governança é registrada por meio de um token não fungível”.

O grande ano dos NFTs

NFTs se popularizaram em 2021, conforme a venda de US$ 69 milhões de uma obra de arte NFT pelo artista digital Beeple em março gerou uma onda de interesse nos tokens.

O mundo artístico correu para aproveitar a oportunidade apresentada por NFTs, conforme as tradicionais Christie’s e Sotheby’s realizaram leilões dos ativos digitais. Exposições NFT foram de galerias em Mayfair, em Londres, ao Hermitage Museum na Rússia.

NFTs de projetos, incluindo CryptoPunks e Bored Ape Yacht Club (ou BAYC), foram vendidos por milhões de dólares enquanto avatares cripto foram escolhidos por celebridades no Twitter (que anunciou planos de verificar avatares NFT).

Celebridades, desde Quentin Tarantino a Martha Stewart, lançaram seus próprios NFTs, seguindo os passos de grandes marcas. Até mesmo a Visa comprou seu próprio CryptoPunk para acrescentá-lo à sua coleção de “artefatos comerciais históricos”.

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É importante mencionar que um dos outros competidores pela palavra do ano da Collins aponta para o possível futuro dos NFTs: o “metaverso”.

O metaverso, um mundo virtual compartilhado, se tornou o jargão do momento após o Facebook anunciar planos de se chamar Meta, uma empresa que “foca primeiro no metaverso”. Microsoft e Nike rapidamente seguiram seus passos com suas próprias iniciativas do metaverso.

Fundamental a esse mundo virtual compartilhado é a ideia de governança digital, em que participantes podem comprar lotes de terrenos virtuais e possuir objetos virtuais que possam ser levados a diferentes plataformas do metaverso.

Esses itens provavelmente serão representados por NFTs.

Estão pavimentando o caminho para uma batalha entre defensores de um metaverso aberto, como Tim Sweeney, CEO da Epic Games, e Jesse Powell, CEO da Kraken, e aqueles que querem um metaverso mais centralizado.

Uma coisa é certa: NFTs farão parte do debate por um bom tempo.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.