Imagem da matéria: Ministério Público busca por bitcoins de líder do MBL em corretoras brasileiras
Renan Santos foi um dos fundadores do MBL (Foto: Reprodução/Youtube)

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu, como parte de uma ação deflagrada nesta sexta-feira (10), para que as corretoras brasileiras de bitcoin informassem se o fundador e Coordenador Nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, possui ou não criptomoedas nas plataformas de negociação.

Conforme o pedido feito pelo promotor Marcelo Batlouni Mendroni, do GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos Financeiros), caso algum criptoativo for encontrado, ele deverá ser bloqueado pelos controladores das empresas.

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No documento, além de Renan, constam os nomes de Mario José Ferreira dos Santos, Sueli Liporacci, Alexandre Henrique Ferreira dos Santos, Stephanie Liporacci Ferreira dos Santos, Alessander Monaco Ferreira e de Carlos Augusto de Moraes Afonso. O pedido se estende também ao Movimento de Renovação Liberal (MRL) por ter sido, segundo o documento, destinatário das doações pedidas em nome do MBL.

A medida vem dentro de um pacote maior de bloqueios e sequestros de bens. No comunicado à imprensa, o MPSP afirma que há evidências de que para tornar fluxo de recursos mais difícil de ser rastreado o grupo teria usado criptoativos.

Trecho do documento enviado às exchanges
Trecho do documento enviado às exchanges (Foto: Portal do Bitcoin)

No Twitter, Santos postou a nota à imprensa feita pelo MPSP e chamou as acusações de “ridículas e bizarras”. Procurado pelo Portal do Bitcoin, o fundador do MBL não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Na carteira de bitcoin que o MBL disponibilizava para doação, consta o recebimento de 0,075 bitcoin, o que dá R$ 3700 na atual cotação. Eles começaram a aceitar doação em BTC em 2018. A primeira foi feita em 21 de março de 2018, de 0,015 BTC, equivalentes a R$ 460 na época.

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Um empresário do ramo de criptomoedas, que pediu para não ser identificado, disse que nenhuma das pessoas do pedido no Ministério Público tinha conta na empresa.

O que diz o MBL

Por meio de sua conta oficial do Twitter, o MBL respondeu às acusações feitas pelo Ministério Público:

“Em que pese as alegações amplamente difundidas pela imprensa e até mesmo pelo Ministério Público quanto a ligação dos senhores Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, vulgo Luciano Ayan com o MBL, inicialmente cumpre esclarecer que ambos jamais fizeram parte do Movimento.

Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mas sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal – única pessoa jurídica do Movimento – o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida.

Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma são públicas, oriundas do Youtube e vulgarmente conhecidas como ‘superchats’, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias.

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Por fim, cumpre esclarecer que as atividades empresarias e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade.

Com o respeito e acato ao órgão ministerial, importa esclarecer que as assertivas apontadas quanto ao MBL são completamente distantes da realidade, tratando-se de um devaneio tolo, totalmente despido de sustentação fática e legal com a única finalidade de macular a honra de um movimento pautado nos pilares da ética, da moral e da liberdade”


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