Mercado de criptomoedas afunda para US$ 1,4 trilhão; Bitcoin e Ethereum desabam

Declarações do governo chinês e do CEO da Tesla, Elon Musk, afetaram o setor
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Como o mercado de criptomoedas continua em queda, a capitalização de mercado de todas as criptomoedas caiu para US$ 1,4 trilhão, de acordo com dados do site de métricas Nomics.

Isso marca uma queda de 9% nas últimas 24 horas, de 35% na semana passada e um declínio acentuado em relação à máxima histórica de cerca de US$ 2,5 trilhões alcançados na segunda semana de maio.

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Um crash de 9% durante a noite derrubou mais 7% do preço do Bitcoin (BTC), que agora vale cerca de US$ 33.000. A queda também cortou 13% do Ethereum (ETH), agora com preço de $ 1.910 – menos da metade de seu máximo histórico de US$ 4.165 alcançado em 11 de maio.

Altcoins menores se saíram ainda pior. Binance Coin (BNB) caiu 18% nas últimas 24 horas. Com um preço de US$ 257 e uma capitalização de mercado de US$ 39 bilhões, caiu duas posições no ranking e se tornou a sexta maior criptomoeda em capitalização de mercado. Cardano (ADA) e Dogecoin (Doge) alegremente assumiram o seu lugar, embora tenham caído 14% e 9% durante a noite, respectivamente.

Uma série de más notícias está por trás dessa queda meteórica. Os danos começaram em 12 de maio, quando Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, retirou seu apoio ao Bitcoin e anunciou que a Telsa não aceitaria mais pagamentos em Bitcoin.

A Tesla comprou US$ 1,5 bilhão em Bitcoin em janeiro, e a compra sinalizou para os investidores de varejo que valeria a pena levar a sério a moeda. Afinal, Musk está entre as pessoas mais ricas do mundo – certamente ele sabe como gastar seu dinheiro.

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Acontece que Musk não sabia no que estava se metendo; ele passou a semana passada ‘trollando’ a moeda e minando seus maiores apoiadores. Musk citou problemas com o mecanismo de mineração de prova de trabalho de uso intensivo de energia do Bitcoin e a concentração de minerados na China.

Várias das principais exchanges de criptomoedas, como Coinbase, Binance, Kraken e Huobi, sofreram interrupções quando o preço do Bitcoin caiu; algumas, como Binance e Huobi, suspenderam temporariamente as retiradas de Ethereum.

Mais pressão sobre os preços se seguiram na quarta-feira (19), quando três importantes instituições financeiras chinesas reiteraram seu apoio à proibição de 2017 que as impedia de negociar com clientes que lidavam com criptomoedas. As instituições também alertaram que as criptomoedas são investimentos altamente voláteis e especulativos que podem desestabilizar a “ordem econômica e financeira normal”.

O golpe seguinte veio quando o comitê financeiro da China acrescentou a mineração de criptomoedas a uma lista de setores que deveriam ser monitorados para “prevenir e controlar riscos financeiros”.

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O anúncio gerou preocupações de uma repressão à mineração de Bitcoin. Um estudo publicado na Nature no mês passado descobriu que a China é responsável por aproximadamente 70% da mineração de Bitcoin do mundo.

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co