Mansão que pertencia a ex-Simone & Simaria é alvo da PF em caso de golpe com criptomoedas

A assessoria da cantora Simone Mendes disse que a venda do imóvel em 2023 ocorreu dentro da lei
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Foto: Divulgação/Instagram

Uma mansão em Fortaleza que pertenceu à cantora sertaneja Simone Mendes, da extinta dupla Simone & Simaria, está entre os bens sequestrados na Justiça em decorrência da Operação Brianski, ação da Polícia Federal que ocorreu na terça-feira (27) nos estados de Santa Catarina, Goiás e Ceará.

Durante a operação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão contra o grupo formado por brasileiros e russos radicados no Brasil suspeito de usar criptomoedas para lavar dinheiro oriundo de crimes praticados no exterior. 

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A assessoria de Simone Mendes confirmou para o jornal O Globo que a negociação foi feita por meio de uma imobiliária e que tanto a cantora quanto seu marido não tiveram qualquer contato pessoal ou presencial com os compradores, acrescentando que a operação ocorreu de forma regular e dentro da legislação brasileira. A venda do imóvel teria ocorrido em abril de 2023. O valor da transação não foi revelado.

Golpe com criptomoedas

De acordo com a PF, as investigações contra os alvos da operação de ontem tiveram início com a informação de que cidadãos russos teriam fixado residência em Florianópolis (SC) para usufruir de recursos oriundos de crimes supostamente praticados no país de origem.

Durante as apurações, diz o órgão, “os policiais descobriram que os principais investigados foram condenados na Rússia por crimes assemelhados a fraude e tentativa de roubo”.

“Após conseguirem se radicar no Brasil, os suspeitos passaram a integrar quadros societários de empresas, bem como a adquirir bens móveis e imóveis, alguns deles por meio de vultosos pagamentos em espécie”, ressalta o comunicado.

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A integralização dos recursos oriundos da lavagem de capitais foi operacionalizada por brasileiros que se utilizaram de empresas sediadas no estado de Goiás, diz a PF, acrescentando que as movimentações financeiras realizadas pelos investigados e pela intermediadora brasileira tinham origem em transações de criptomoedas.

Os ativos eram recebidos e convertidos em moeda nacional para posteriormente serem transferidos para as contas dos investigados estrangeiros no Brasil, de seus familiares e de suas empresas.

Eles então compraram bens, como imóveis de alto padrão e de carros de luxo que já estão sob ordem de sequestro pela Justiça, descreve o órgão.  A PF cumpre também o monitoramento eletrônico, a proibição de os suspeitos deixarem o país, bem como transacionar criptoativos.

Além disso, concluiu a PF, foram decretados os bloqueios de contas bancárias vinculadas a 25 pessoas físicas e jurídicas, além de contas em exchanges, visando sequestro de valores em moeda nacional e de criptoativos. A estimativa é que que carros de luxo e apartamentos alvos da ação são avaliados em R$ 40 milhões.

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Se condenados pelo crime de lavagem de dinheiro, os investigados podem enfrentar penas de até dez anos de reclusão, além de multas.