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O sentimento do mercado de Bitcoin se deteriorou para níveis não vistos desde janeiro de 2023, segundo a empresa de análise cripto CryptoQuant. Nesta sexta-feira (21), a maior criptomoeda está em queda de 1,2% e é vendida a US$ 84.154. O Índice de Preço do Bitcoin (IPB) aponta uma cotação de R$ 479.553.

A maioria do mercado segue a tendência de baixa do líder. O Ethereum (ETH) exibe desvalorização de 0,8% e é vendido a US$ 1.967. Também estão em queda o XRP (-3,9%), Solana (-2,9%), Cardano (-2,5%) e Dogecoin (-2,6%).

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Dentro do top 10 das maiores criptomoedas, quem destoa é o Tron (TRX), que tem uma alta relevante de 2,4% nas últimas 24 horas, sendo vendido a US$ 0,2346.

Em um relatório divulgado na quinta-feira (20), a CryptoQuant revelou que seu Índice Bull Score caiu para 20 — mostrando que apenas dois dos dez principais indicadores estão em território otimista.

Essa leitura marca o nível mais baixo em mais de dois anos e está bem abaixo do limite historicamente necessário para sustentar uma valorização prolongada dos preços, afirmou a empresa de análise.

Como o índice retorna a uma baixa anterior, um “ambiente fraco” para o Bitcoin reduz a probabilidade de uma recuperação sustentada no curto prazo, diz o relatório.

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Essas conclusões levantam dúvidas sobre a direção do mercado, algo que a CryptoQuant acredita poder fazer parte de uma tendência de baixa mais ampla, e não apenas uma correção pontual.

O Índice Bull Score combina dez métricas distintas que avaliam atividade na rede, comportamento dos investidores, demanda por Bitcoin e liquidez do mercado para medir a saúde geral do mercado.

Historicamente, o Bitcoin precisou de pontuações acima de 60 para manter fortes ralis de preços, enquanto períodos prolongados abaixo de 40 estiveram consistentemente associados a mercados de baixa, explicou a CryptoQuant.

O painel do modelo mostra uma deterioração significativa nos fundamentos on-chain desde meados de fevereiro de 2025, com oito métricas agora emitindo sinais de alerta.

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O Índice de Atividade da Rede, um componente-chave que monitora o uso on-chain, tem se mantido em território de baixa desde dezembro de 2024.

Se o índice continuar abaixo de 40 por um período prolongado, isso pode indicar que as condições de mercado de baixa devem persistir, desafiando a ideia de que a recente queda de até 23% do pico de US$ 109.000 em janeiro seja apenas uma “correção temporária”, observaram os analistas.

Também há contextos mais amplos em jogo. A volatilidade do Bitcoin atingiu o maior nível em seis meses, mesmo com alguns analistas projetando novas máximas históricas até o meio do ano, impulsionadas pelo afrouxamento das condições globais de liquidez.

Na quarta-feira, o Federal Reserve anunciou que manterá as taxas de juros inalteradas. Os principais mercados cripto — de Bitcoin a Ethereum e Solana — tiveram ganhos modestos imediatos com a notícia.

No MYRIAD, um mercado de previsões on-chain lançado pela controladora da Decrypt, DASTAN, 68% acreditam que o Bitcoin se manterá acima de US$ 83.000 até a próxima semana.

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* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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