O mercado de criptomoedas reverteu a tendência de ganhos durante a madrugada e opera no vermelho na manhã desta quarta-feira (19).
Traders ainda não encontraram uma explicação exata para a onda vendedora, mas a pressão pode ter vindo dos contratos futuros de Bitcoin, mostram dados do CoinDesk. As liquidações superaram US$ 25 milhões, sendo que 98% desse volume correspondia a posições compradas, ou seja, que apostam na alta da criptomoeda.
O cenário macro também pode ter influenciado: relatório divulgado nesta quarta mostra que a inflação ao consumidor no Reino Unido superou 10% em março, o que indicaria mais aperto monetário.
Depois de superar os US$ 30 mil na madrugada, o Bitcoin (BTC) recuou mais de 3% em 15 minutos, segundo o CoinDesk.
Nas últimas 24 horas, a maior criptomoeda é cotada a US$ 29.129,68, em queda de 2,4%, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC registra baixa de 0,48%, negociado a R$ 147.107,61, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) também sente a pressão e recua 5,8%, para US$ 1.983,02.
A segunda maior criptomoeda vinha de um rali desde a bem-sucedida atualização Shanghai há uma semana, que liberou as retiradas de ETH depositados por validadores nos últimos anos na blockchain.
Agora, o tempo de espera para saques aumentou de 14 dias na semana passada para 17 dias, com cerca de 28.436 validadores querendo sair da Beacon Chain.
Entre as altcoins, a quarta-feira também é de perdas, com destaque para BNB (-4,4%), XRP (-5%), Cardano (-6,3%), Dogecoin (-6%), Polygon (-6%), Solana (-8,8%), Polkadot (-7%), Shiba Inu (-4,8%) e Avalanche (-9,2%).
Entre as novidades, está a listagem no MB da DAO Maker (DAO), um token de governança que confere a seus detentores o direito de voto para projetos que são incubados e tokenizados pela empresa.
Além disso, o token possui recursos adicionais, como ser um ativo deflacionário e ter a opção de staking com rendimento de 15% ao ano.
Futuro da FTX
A possível reabertura da FTX atraiu o interesse da Tribe Capital, uma empresa de venture capital que investiu na plataforma antes do colapso da exchange cripto e que agora avalia uma nova injeção de capital para iniciar a retomada, disseram fontes à Bloomberg.
O cofundador da Tribe, Arjun Sethi, se reuniu com o comitê de credores da FTX em janeiro para discutir a proposta informal.
A Tribe poderia liderar uma campanha de captação de US$ 250 milhões, ancorada em US$ 100 milhões com fundos próprios e de seus sócios, disse uma das pessoas.
John J. Ray III, o novo diretor-presidente da FTX, pretende decidir no segundo trimestre se a reabertura da empresa é viável, de acordo com uma apresentação ao tribunal de falências.
Em comunicado, o comitê de credores da FTX disse que avalia “todas as opções para reiniciar ou vender as exchanges da FTX” e que “não há cronograma definitivo para reiniciar ou vender as corretoras neste momento”. Representantes da Tribe e da FTX não quiseram comentar.
E em meio aos processos contra celebridades que promoveram a FTX, a cantora americana Taylor Swift teria sido uma das poucas que fizeram “o dever de casa” ao pesquisar as operações da empresa, o que a livrou de fechar um acordo com a corretora colapsada, disse ao The Block o advogado Adam Moskowitz, que lidera uma ação coletiva contra celebridades que busca uma indenização de US$ 5 bilhões.
Operação da Binance no Brasil
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) segue pressionando a Binance, maior corretora cripto do mundo, no caso referente ao ‘stop order’ dado pela autarquia na oferta de futuros de Bitcoin para clientes brasileiros.
O Portal do Bitcoin teve acesso a uma parte do processo da CVM, segundo o qual a ação segue a todo vapor pelos corredores da instituição.
Enquanto isso, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), lançou mais uma ação contra a Braiscompany, a empresa paraibana acusada de criar uma pirâmide financeira de R$ 1,5 bilhão com criptomoedas.
Chatbot de inteligência artificial para carteiras cripto
A plataforma de crédito descentralizado marginFi lançou um chatbot experimental chamado Omni. É uma versão personalizada do popular ChatGPT, da OpenAI, mas que pode interagir com carteiras de criptomoedas.
“A ideia é tornar a criptografia mais fácil”, disse o CEO da marginFi, Edgar Pavlovsky, em entrevista ao CoinDesk. O executivo explica que o chatbot Omni pode ajudar usuários a realizar tarefas simples na web3, como ativar uma transação para depositar e sacar tokens em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), como o marginFi.
O chatbot ainda está longe da perfeição, aponta o CoinDesk. Um repórter que testou o Omni concluiu que a ferramenta tem uma forte tendência a “alucinar”, o termo do setor para a tendência dos chatbots de declarar com confiança afirmações falsas como fatos.
Outros destaques das criptomoedas
Um ataque hacker com alvo em usuários de cripto experientes intriga os maiores especialistas em segurança, de acordo com o Decrypt. Taylor Monahan, ex-CEO e fundadora da MyCrypto, gestora de carteiras Ethereum, disse no Twitter na terça-feira (18) que mais de 5 mil tokens ETH foram roubados desde dezembro. Esse volume representa mais de US$ 10,4 milhões nos preços atuais.
O aspecto preocupante é que o roubo ocorreu em carteiras de hardware de usuários que priorizavam a segurança, de acordo com Monahan, que ainda tenta identificar as origens do hack. A equipe de segurança por trás da carteira cripto MetaMask disse ao Decrypt que a invasão “não identificada” atingiu usuários cripto “incluindo, mas não se limitando, aos usuários da MetaMask”.
Promotores dos EUA dizem que um ex-investidor minoritário do time de futebol americano Minnesota Vikings, da NFL, deve passar sete anos atrás das grades e devolver mais de US$ 740 milhões depois de admitir que ajudou exchanges de criptomoedas a burlar regras de lavagem de dinheiro, segundo informações da Bloomberg.
Reginald Fowler, de 64 anos, se declarou culpado em abril de 2022 de cinco acusações, incluindo fraude bancária e eletrônica e conspiração para operar um negócio de transmissão de dinheiro sem licença. Ele deve receber a sentença na quinta-feira (20) do juiz distrital Andrew L. Carter Jr., em Manhattan.
Um experimento de bancos centrais testou com sucesso o uso da tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) na execução de transações interbancárias grandes e complexas, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (19).
O Banco da Inglaterra executou o “Projeto Meridian” por meio do centro de inovação do Banco de Compensações Internacionais (BIS) em Londres, para construir um protótipo que poderia acelerar e reduzir os custos das transações nos sistemas de liquidação bruta em tempo real (RTGS) de bancos centrais.
No campo das moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), estudo da Moody’s publicado pelo Valor Econômico destaca as oportunidades que podem ser criadas com o real digital e o interesse das instituições financeiras brasileiras – antes avessas aos criptoativos – que veem a CBDC nacional como uma “solução em busca de um problema”, em meio à eficiência do PIX para atender a demanda em pagamentos a um baixo custo.
A Meta, dona do Facebook e Instagram, anuncia detalhes sobre novos cortes de empregos nesta quarta-feira (19), como parte de uma reestruturação que prevê a demissão de 10 mil funcionários.
Em memorando interno obtido pelo The Washington Post, a diretora de recursos humanos da Meta, Lori Goler, escreveu que a empresa começará a notificar os funcionários de suas equipes técnicas cujos empregos estão sendo cortados. As divisões afetadas incluem o Facebook, WhatsApp, Messenger, Instagram e a unidade de realidade virtual Reality Labs, entre outras, de acordo com Goler.
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