Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) se mantém acima de US$ 34 mil após vaivém em listagem de ETF da BlackRock

Relatório diz que rali do Bitcoin foi puxado por investidores dos EUA, na expectativa de aprovação de um ETF com exposição direta
Moedas de bitcoin empilhadas em formato de torre

Foto: Shutterstock

Depois de uma sessão de ganhos de dois dígitos, o Bitcoin pisa no freio nesta quarta-feira (25) em meio às apostas sobre o potencial dos ETFs cripto, enquanto outras outras criptomoedas operam sem rumo definido. 

No mercado acionário, os índices futuros dos EUA perdem força com os balanços de gigantes como Microsoft e Alphabet, dona do Google, que não conseguiram convencer analistas, destaca a Bloomberg.

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Bitcoin perde 0,8% em 24 horas, cotado a US$ 34.170,33, segundo dados do Coingecko.    

Em reais, o BTC recua 0,8%, negociado a R$ 171.434,97, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) opera em queda de 2,7%, a US$ 1.780,30.  

As principais altcoins são negociadas entre perdas e ganhos, entre elas BNB (-2,1%), XRP (+0,2%), Solana (+1,1%), Cardano (-1,6%), Dogecoin (-2,7%), TRON (-0,3%), Toncoin (-3,7%), Polygon (-3,5%), Polkadot (-2,1%), Chainlink (+6,8%) e Shiba Inu (-2,3%).  

Bitcoin hoje 

Depois de o Bitcoin ter ultrapassado a marca de US$ 35 mil pela primeira vez desde maio de 2022, alguns analistas já veem o início de um novo “bull run”, ou ciclo de alta. 

Na terça-feira (24), a maior criptomoeda chegou a cair 3% após a notícia de que o fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista proposto pela BlackRock havia desaparecido do site da DTCC, que presta serviços de custódia e liquidação para a Nasdaq. 

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O dado sobre a listagem ajudava a impulsionar o BTC e outras criptomoedas, além da formalização da vitória da Grayscale Investments contra a SEC, a CVM dos EUA, para converter seu trust GBTC em um ETF. 

No entanto, no fim do dia, o símbolo do ETF da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, voltou a constar na lista da DTCC, conforme o The Block. O curioso é que a listagem, na verdade, não era novidade, pois o “IBTC” já estava registrado há dois meses. 

“Aparecer na lista não é indicativo de um resultado para quaisquer processos regulatórios ou outros processos de aprovação pendentes em relação a um fundo ETF específico”, comentou a DTCC ao The Block. “O ETF iShares Bitcoin Trust da BlackRock foi adicionado ao arquivo em agosto de 2023. Esperamos apoiar nossos clientes à medida que incluem ofertas e a digitalização dos mercados financeiros continua.” 

Relatório da Matrixport destacou que o rali do Bitcoin foi puxado principalmente por investidores dos EUA, na expectativa de aprovação de um ETF com exposição direta à criptomoeda. Também otimista, a Galaxy prevê entradas de US$ 14,4 bilhões em ETFs de Bitcoin spot no primeiro ano após um possível sinal verde da SEC. 

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Nova investida da Coinbase contra SEC 

A Coinbase, maior corretora cripto dos EUA, apresentou a uma juíza sua opinião final na terça-feira (24) sobre por que um processo da SEC contra a empresa deve ser arquivado, argumentando que tokens não são valores mobiliários e que a agência vai além de sua autoridade regulatória. 

A Coinbase expôs sua posição em documento encaminhado à juíza do Distrito Sul de Nova York, Katherine Polk Failla. 

Também em batalha com reguladores americanos, a Binance, maior exchange cripto do mundo, voltou a rebater em documento as acusações da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), que também processa a corretora

“A lei dos EUA governa internamente, mas não controla o mundo. O Congresso não fez da CFTC a ‘polícia’ mundial dos derivativos”, diz o documento da Binance, acrescentando que a denúncia da agência “recorre a linguagem incendiária” contra a empresa e seu CEO, Changpeng “CZ” Zhao. 

Diante do clima hostil nos EUA, a Binance busca novos ares. De acordo com o jornal South China Morning Post, a gigante abriu uma exchange em Hong Kong em dezembro de 2022, a HKVAEX, e está em busca de uma licença para operar no território autônomo chinês. 

Procuradas pelo The Block, Binance e HKVAEX não responderam a pedidos de comentário. 

BlockFi prepara devolução de fundos a clientes 

Após 11 meses, a plataforma de crédito cripto BlockFi finalizou o processo de recuperação judicial na terça-feira (24), informou a Reuters. Depois de ser atingida pela turbulência causada pela ruína da FTX, a empresa disse que vai encerrar as operações e começar a devolver criptoativos aos clientes. 

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A BlockFi, com sede em Jersey City, Nova Jersey, planeja seguir com a recuperação de ativos por meio de outros processos de recuperação judicial de empresas de cripto, incluindo da própria FTX e do hedge fund Three Arrows Capital. 

A BlockFi estima que clientes que investiam em produtos de renda passiva receberão entre 39,4% e 100% do valor em suas contas. 

Enquanto isso, o Digital Currency Group (DCG), dono da Grayscale, da Genesis e do CoinDesk, pagou cerca de US$ 575 milhões em dívidas desde o fim de 2022, conforme o Wall Street Journal, que cita dados incluídos em carta do DCG aos acionistas. Desse total, US$ 225 milhões foram pagos à plataforma Genesis.  

Com a recuperação do mercado cripto neste ano, as receitas do conglomerado subiram 23% no terceiro trimestre. 

Outros destaques das criptomoedas

A FTX Trading avalia propostas de três interessados no negócio para relançar a negociação de criptoativos, segundo a Bloomberg.  A empresa pretende tomar uma decisão sobre como proceder até meados de dezembro, disse na terça-feira (24) Kevin M. Cofsky, do Perella Weinberg Partners, que conduz as conversas para a corretora.  

As opções incluem a venda de toda a exchange, o que inclui uma lista com mais de 9 milhões de clientes, ou a busca de um parceiro, disse Cofsky durante audiência em Wilmington, Delaware. 

Um grupo de 34 estados dos EUA acusou a Meta, dona do Facebook e do Instagram, de manipular crianças com o objetivo de atraí-las para as plataformas, mostra um processo de 200 páginas, segundo o qual a alegação da gigante de redes sociais de que oferece uma experiência segura para usuários jovens é “falsa e enganosa”. 

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Em resposta ao Decryptum porta-voz da Meta disse que a empresa compartilha as mesmas preocupações que os procuradores-gerais estaduais em relação a experiências seguras e positivas para os jovens, dizendo que “já introduziu mais de 30 ferramentas para apoiar adolescentes e suas famílias”. 

Com o início da temporada de futebol americano, o videogame cripto NFL Rivals cresce em popularidade: “Estamos chegando a 3 milhões [de novos jogadores]”, disse John Linden, CEO da Mythical Games, em entrevista ao The Block. “Desde que a temporada da NFL começou, estamos vendo muito mais crescimento…. Estamos vendo mais players engajados no jogo (…). A receita por jogador está subindo.”